quarta-feira, julho 24
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Made in Israel

Se o Google lhe facilita a vida, agradeça a Israel.

Nos dias de hoje é praticamente impossível encontrar um usuário de Internet que não seja usuário também de algum “motor de busca”. E o mais usado “search engine” do mundo é o onipresente Google. Seus dois maiores concorrentes – se é que podemos chamar de concorrentes – são o Bing e o Yahoo, mas estes detêm entre 3 a 4% do mercado, enquanto o Google, sobranceiro, responde por 91% de todas as buscas mundiais feitas na Internet. Imbatível.

O Google é tão importante para os usuários e para a web que quando a gigante ficou fora do ar por apenas 5 minutos, em 2013, o tráfego global na internet caiu em 40%. A informação é da Impacta e eu a encontrei com a ajuda do Google.

Os motores de buscas surgiram no início dos anos 90, quando em novembro de 1993, o holandês Martijn Koster anunciou a criação do Aliweb, o primeiro – e ainda ativo – sistema de busca do mundo.

No ano em que o Google foi lançado, 1998, os usuários faziam cerca de 500 mil pesquisas por dia. No ano passado, 2019, foram feitas em média 77.440 mil pesquisas por segundo. E o site Internet Live Stats diz que neste mesmo ano o Google ultrapassou a marca de 3,5 bilhões de consultas por dia.

A Alphabet Inc., uma holding com sede na Califórnia, é dona da Google e de mais outras sete dezenas de empresas que vão da letra A de Android a Z de Zagat. Mas a que mais lucros dá à Alphabet é, sem dúvidas, a Google. E, neste caso, tudo o que diz respeito a lucros está na esfera dos milhões de dólares.

No quarto trimestre de 2019, e apenas no quarto trimestre, o lucro líquido da Alphabet foi de US$ 10,6 bilhões, um aumento de cerca de 19,2% em relação a 2018. Neste período, a receita com publicidade cresceu 16,6%, para US$ 38 bilhões. A locomotiva que puxou estes lucros foi o Google Search, um serviço que permite aos donos de sites verificarem o status de indexação e a otimizarem a visibilidade das páginas. Só com o Google Search a receita da Google foi de US$ 27,2 bilhões.

O mecanismo que faz do Google Search uma ferramenta essencial na vida de pesquisados e pesquisadores chama-se Google Suggest e foi aperfeiçoado na Google de Israel. Agora, o que pouca gente sabe é que este mecanismo nasceu inspirado num sistema de busca israelita existente desde meados do Século XVI: a Concordância Bíblica.

Editadas em pequenos livros ou em obras monumentais, como a “Concordância Bíblica Exaustiva”, de Thomas L. Gilmer, Jon Jacobs e Milton Vilela, as concordâncias são usadas para pesquisar palavras encontradas na Bíblia. Usadas anteriormente por rabinos e estudiosos da Torá, as concordâncias evoluíram e passaram a ser usadas também por cristãos, depois de terem “indexadas” nelas as palavras do Novo Testamento.

O Google Suggest já existia, mas tinha pouca relevância dentro do Google, e foi aí que uma pesquisadora do Centro de Pesquisa & Desenvolvimento da Google Israel percebeu que a forma como a concordância bíblica ligava palavras e versículos poderia ser útil também para o Google Search. A pesquisadora chama-se Yoelle Maarek, é uma judia de origem franco-israelense, e tem um Ph.D em ciência da computação no Instituto Israelense de Tecnologia, o Technion, de Haifa.

“[A concordância] é basicamente um índice”, explica Maarek, “uma estrutura de dados usada por todo instrumento de pesquisa. Cinco séculos atrás, as pessoas faziam isso manualmente. Sendo israelenses e judeus, somos o povo do Livro. Gostamos de consultar textos. Gostamos de pesquisar”, disse a pesquisadora, conforma citado por Dan Senor e Saul Singer no best-seller “Nação Empreendedora”.

A equipe comandada por Yoelle Maarek tomou a lógica das concordâncias como ponto de partida e em dois meses de trabalho aperfeiçoaram o Google Suggest. O sistema que viria a proporcionar à Google aumentar exponencialmente suas receitas foi empregado pela primeira vez nos sites da Google de Hong Kong, Taiwan, Rússia e países da Europa Ocidental. A invenção não só facilitou a vida dos usuários daqueles países como permitiu à Google aperfeiçoar o sistema que depois seria expandido para o resto do mundo.

Da próxima vez que você fizer uma pesquisa no Google, lembre-se que tem história, inteligência e tecnologia israelenses envolvidas no desenvolvimento deste mecanismo. É Israel, como sempre, ajudando a facilitar a vida das pessoas.

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