ISRAEL QUER A PAZ, MAS ESTÁ PRONTO PARA A GUERRA.
Esta semana foi especial para Israel. Desde domingo passado, uma série de exercícios mobilizou o Estado e a população visando estarem preparados para possíveis ataques de todas as formas.
Na terça-feira tive a oportunidade de ir para o extremo norte, próximo às Colinas de Golã, e pude perceber movimentação de tropas ao longo das estradas. Caças e aviões de reconhecimento cruzavam os ares enquanto em terra poderosos jeeps, no estilo Hummer, passavam a todo o momento.
O ápice desta imensa simulação se deu na quarta-feira quando sirenes de alerta contra ataques aéreos soaram em todo o país. Da janela do meu apartamento filmei os sons do treinamento. As sirenes soaram por aproximadamente 2 minutos e 50 segundos. Destes, selecionei 58 segundos de filmagens com alguns momentos que gostaria de destacar.
Diferentemente dos dias em que acontecem Toques Memoriais, como no Dia do Holocausto (Yom HaShoah) e no dia de Lembrança dos Soldados Mortos em Guerras (Yom HaZikaron), neste dia não houve sincronismo de sons. Nos dias memoriais as sirenes começam a soar todas ao mesmo tempo, num horário pré-estabelecido. O som é contínuo e por tempo determinado. Dois minutos no primeiro caso e 1 minuto no segundo. Já na simulação desta quarta – assustadora, diga-se de passagem – as sirenes começam a tocar aleatoriamente e o som, ao invés de contínuo, era cheio de altos e baixos.
Até os 08 segundos de gravação você perceberá que as sirenes vão aumentando em número e volume. Isso porque no caso de um alerta, a primeira sirene a tocar é a Estatal, central, que fica localizada normalmente nas bases do exército e em prefeituras. A partir daí, as demais sirenes vão sendo acionadas em repartições públicas, condomínios e colégios.
Para mim – e do meu ponto de observação e filmagem – a parte mais dramática da simulação começa aos 13 segundos. Como moro ao lado de um grande colégio infantil, neste momento a sirene da escola começa a tocar e, pelos alto-falantes, a diretora orienta as crianças (yeladim) a se dirigirem, calmamente, para os abrigos anti-bombas. A algazarra tradicional que ouvimos todos os dias é subitamente substituída por um silêncio sepulcral.
As sirenes soarão até aos 32 segundos e, a partir de então, começarão a diminuir deixando de tocar por volta dos 44 segundos. Daí, até os 58 segundos registrados no meu vídeo, ouve-se apenas o canto dos pássaros, assustados. Como as pessoas estão nos abrigos, o som dos pássaros não soam nada encantadores neste momento. Sabemos que numa situação real não serão os pássaros que ouviremos, mas sim o som das bombas caindo. E nossa oração [e para que isso não acontece, conforme nos é aconselhado em Tehilim (Salmos) 122: “Orai pela paz de Jerusalém. Haja paz dentro dos teus muros. Paz esteja em ti.”
Veja o vídeo e atente para as observações feitas acima. Lembramos que o vídeo foi feito para exibição em HDTV, ou seja, se você tem uma conexão rápida, mude o modo de exibição para HD.
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O segundo vídeo mostra o momento em que eu subia as escadas milenares das ruínas de Har Hazor. Segundo o site Cafetorah, as escadas que vocês verão no início da filmagem podem ter até 5 mil anos, isso porque o primeiro assentamento de Hazor data do Terceiro Século A.Y. (Antes de Yeshua), próximo da Era do Bronze.
Ao subir as escadas milenares se tem acesso a uma bela vista das Colinas do Golã. Assistindo ao vídeo, atentem para o som dos tiros da artilharia israelense ao fundo. São os poderosos (e respeitados) tanques israelenses em treinamento.
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A semana foi como têm sido os últimos meses em Israel, de muita apreensão. Mas, apesar da tensão, percebe-se que o israelense em geral toca sua vida de forma tranqüila. Mais cedo ou mais tarde Israel agirá. Esta nação não pode se dar ao luxo de esperar de braços cruzados por algo que venha a colocar em risco a segurança dos seus filhos e dos filhos daqueles que escolheram esta terra para morar.