COMO FOI POSSÍVEL LEVANTAR UMA PEDRA DE 50 TONELADAS HÁ 6 MIL ANOS?
Dólmen encontrado tem 6 mil anos e pedra de cobertura com 50 mil quilos
UM GIGANTESCO ENÍGMA
Arqueólogos israelenses descobriram dólmen, provavelmente da Idade do Bronze, nas proximidades do Kibbutz Shamir, localizado na Alta Galileia. O dólmen impressiona não só pelas dimensões como por seus intrincados detalhes artísticos.
Os dólmens são monumentos megalíticos que foram construídos entre cinco mil a mil anos antes de Cristo. Dólmens são edificações tumulares cujo nome tem origem bretã. Dol significa mesa e men pedra. Em Portugal são conhecidos por antas, mas há lugares onde são chamados de orcas, arcas ou palas. No linguajar popular acabou associado à cultura moura, embora sejam bem anteriores a isso, razão pela qual há quem os chame de casas de mouros, fornos de mouros ou pias.
O dólmen encontrado nas colinas da Galileia vem surpreendendo os pesquisadores, principalmente pelo ineditismo dos detalhes. “Esta é a primeira arte já documentada em um dólmen no Oriente Médio”, disse o arqueólogo Uri Berger, da Autoridade Nacional de Antiguidades de Israel. “As formas gravadas representam uma linha reta indo para o centro de um arco”, disse Berger. “Não existem paralelos para essas formas nos desenhos de rocha gravada em todo o Oriente Médio, e seu significado permanece um mistério”, concluiu o arqueólogo.
O dólmen foi encontrado nas proximidades do Kibbutz Shamir, na Alta Galileia.
A ARQUEOLOGIA CONTINUA A SURPREENDER EM ISRAEL
Outro detalhe que vem intrigando os pesquisadores são as dimensões do dólmen. Usados como monumentos sepulcrais, ou seja, túmulos, os dólmens caracterizam-se por terem uma câmara de forma poligonal ou circular que era utilizada para a colocação dos mortos. Não são estruturas pequenas, mas o dólmen israelense é um dos maiores jamais encontrados.
Gonen Sharon, arqueólogo e professor do Colégio Tel Hai, de Qiryat Shemona, disse numa entrevista que foram encontrados ossos humanos no interior do dólmen. Os arqueólogos passarão agora a estudar este achado.
O tamanho da câmara que se encontra no interior do monumento, e onde os ossos estavam alojados, também está a despertar a atenção dos pesquisadores, pois com seus 2 x 3 metros não é algo comum de se ver na maioria dos dólmens até agora descobertos. “Estas dimensões”, disse Uri Berger, “provam que o prédio não foi erguido por uma tribo nômade, mas sim por uma sociedade com capacidade de mobilizar energia e tecnologia para realizá-lo”, explicou.
O dólmen de Shamir não é um monumento isolado, ele está flanqueado por outros quatro dólmens menores e o conjunto todo estava coberto por rochas que pesam um total de 400 toneladas.
E aqui entra outro detalhe que está a intrigar os arqueólogos.
Para usar uma linguagem popular, imaginem um enorme hambúrguer de pedras. A parte inferior seria o pão base do sanduíche e a parte superior a outra metade do pão. No centro fica a câmara mortuária, que neste caso mede 2 x 3 metros. O problema é que a pedra superior pesa algo em torno dos 50 mil quilos! Os arqueólogos simplesmente não conseguem entender como foi possível conseguir esta proeza há 6.000 anos.
Israel, arqueologicamente falando, continua a surpreender o mundo. Até mesmo os achados comuns mundo afora, em Israel reveste-se de características únicas.
NOTA: Entre junho e julho de 2017, NOTÍCIAS DE SIÃO estará em Israel acompanhando um grupo de estudantes de Arqueologia, Geografia e História Bíblicas e os relatos serão divulgados aqui neste blog. Em 2018 haverá uma nova turma e se o leitor estiver interesse em participar poderá obter informações através do e-mail [email protected]
ANDS | DAILY MAIL | AFP
podera ser da epoca dos gigantes