UMA HOMENAGEM A UM GRANDE JUDEU
Certa vez disse ao Miguel que admirava a capacidade que ele tem de fazer diversas coisas simultaneamente. “Você é ‘dual core’”, comentei. Ele, sorrindo, respondeu: “As vezes acho que sou four core!” Não duvido.

Sou daqueles que acham que homenagens, mesmo que modestas, devem ser prestadas em vida. Infelizmente esta não é uma atitude comum nos dias de hoje, quando espera-se uma pessoa morrer – ou ficar às portas de – para poder homenageá-la. É válido, claro, mas o reconhecimento póstumo falha no essencial: demonstrar à pessoa o quanto ela é significativa para nós.
Isso posto, gostaria de homenagear hoje uma pessoa que aprendi a gostar primeiro “virtualmente” para depois admirar pessoalmente: O meu amigo Miguel Nicolaesvsky.
Conheci o Miguel há cerca de 10 anos, através do Portal Cafetorah, que na época era apenas um pequeno site a abordar assuntos relacionados a Israel e ao seu povo. De mero leitor, passei a manter contatos esporádicos através do site até que chegou a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente. Como temos um amigo em comum, Alexandre Dutra, que já havia estado com o ele em Israel, os comentários que teceu à respeito do amigo só fez crescer em mim as expectativas. A oportunidade veio quando Miguel esteve no Brasil para um ciclo de palestras e, juntamente com Alexandre Dutra, fui um dos cicerones dele em São Paulo. Depois deste encontro, voltamos a estar mais próximos, quando mudei-me para Israel, e foi na sua cidade, Modiin, que vim a entender melhor não só a sua forma de trabalhar como a importância do apoio que recebia em casa da simpática cara-metade e real auxiliadora, Cristina Nicolaevsky.
Desnecessário dizer que o Miguel tornou-se minha referência básica em Eretz Yisrael. Sionista que sou, há décadas estudo tudo o que posso sobre Israel, mas quando cheguei na Terra Santa, percebi, dpois de poucos dias caminhando com Miguel, que descortinava-se diante de mim um universo que ia muito além dos roteiros padronizados das agências de viagens. Foi desta descoberta que surgiu a slogan do meu blog: “Israel é bem mais do que você está acostumado a ver, ler ou ouvir!” E devo ao Miguel boa parte deste despertar para aquilo que está além das colinas e escondido nos detalhes de cada ruína deste país que tanto amo.
Se fosse descrever Miguel Nicolaevsky numa palavra diria: Polivalência. Aliás, estávamos caminhando certo dia por Petah Tikvah, onde ele fora ajudar-me a comprar uma câmara, e ele falava sobre os múltiplos projetos em que estava desenvolvendo. Preparava um artigo para o portal, estava envolvido na edição de um livro, estava trabalhando o conteúdo de um curso de geografia da Terra Santa e preparava-se para dar-me aulas de hebraico. Comentei com ele que eu era incapaz de fazer bem duas coisas ao mesmo tempo, pois precisava terminar uma tarefa antes de envolver-me com outra. Disse então que admirava a capacidade que tinha de fazer tanta coisa simultaneamente e brinquei dizendo que ele era “dual core”. Sorrindo ele respondeu-me: “As vezes acho que sou four core!” Não duvido.
E foi dentro desta polivalência que ele sempre achou um espaço na sua apertadíssima agenda para brindar-me com verdadeiras aulas de arqueologia bíblica, não aulas teóricas, mas sim verdadeiras aulas diretamente no terreno, entre ruínas e sítios arqueológicos, monumentos e fortalezas, modernas metrópoles ou bucólicas paisagens campestres. Descobri a Terra Santa pelas mãos do Miguel.
Numa dessas viagens que aconteceu um fato que por si só define o significado dos conhecimentos do Miguel: Estávamos no norte da Galiléia, fotografando as nascentes do Rio Jordão, quando nos deparamos com uma caravana de turistas brasileiros. O líder do grupo, diretor de uma faculdade no Rio de Janeiro, reconheceu o Miguel, aproximou-se e trocou algumas palavras conosco. Ao saber que estávamos fotografando a região, perguntou se poderia ir conosco, pois achava que teria mais a ganhar em termos de informação se deixasse o guia com o seu grupo e se juntasse a nós na caminhada. O Miguel disse que sim e lá fomos, os três, a explorar detalhes que não se encontram nos folders distribuídos nas agências de viagens.
Neste dia 16 de Fevereiro o meu amigo Miguel Nicolaevsky está completando mais um ano de vida e eu gostaria de parabenizá-lo de uma forma especial. Esta é a razão pela qual fugi dos padrões normais dos meus textos para lhe fazer esta singela homenagem, em vida, a este grande amigo, de Israel e meu, desejando que possamos tê-lo conosco por longos anos. Por isso, levanto-lhe um brinde e desejo: “Le Haim!”
Termino minha homenagem fazendo algo que ele gosta demais: Compartilhando fotos! Feliz Aniversário meu amigo! Que O ETERNO te abençoe ricamente, assim como a toda sua família: à Cristina, ao Ariel, à Hadassa e à Moriah.





O Eterno seja grandemente louvado pela vida de Miguel!!! Parabéns caro amigo!!! Vida longa e próspera!!!
Se você, Roberto, o descreve assim, só nos resta admirá-lo mesmo não o conhecendo pessoalmente. Parabéns Miguel, por Deus ter te dado mais um ano de vida e que Ele continue abençoando toda a sua família e aos que amam Israel!
Que coisa maravilhosa essa maneira de homenagear o amigo Miguel em vida! Vejo da mesma forma; devemos homenagear nossos amigos em vida, como também abençoar nossos filho em vida. Parabéns ao Miguel, e não queira saber o desejo de estar nessa investigação arqueológica com seus registros fotográficos em Israel. Acho fantástico tudo isso. Bom encontrar vc e este site. Que o Eterno D’us possa te entregar cada vez mais conhecimento meu caro irmão. Shalom!
Querido Roberto, Shalom. Indispensável de minha parte agradecer o carinho. Saudades de você e de sua família tão linda e amada. Para esclarecer: Como sempre, devo tudo isto a ELE, o meu Senhor e meu Amado. Dedico tudo que faço e o que sou a ADONAI. A ELE a glória, o louvor e a adoração! Mais uma vez muito obrigado, e aguarde-me, pois esta gentileza não vai ficar sem resposta. No Mashiach, Miguel.
Parabéns Roberto e Miguel pela amizade. Mesmo não os conhecendo pessoalmente, sinto-me amigo de ambos. Afinal, voces tem o perfil de amigos meus.
Além do belo texto de homenagem, as fotos me fizeram lembrar alguns dos locais que visitei nas viagens que já fiz a Israel. Belas fotos. Excelentes lembranças. Me fazem reforçar os planos para voltar a Israel mais cedo.
Shalom, Dr. Weidman. Obrigado pelas vossas palavras. Volte sim a Israel o mais breve – e quantas vezes – que puderes. Quem sabe numa dessas viagens possamos nos conhecer? Tanto a mim quanto o Miguel. Estou certo de que gostarás imensamente do Miguel e eu hei de esforçar-me para ser agradável também. Fraterno abraço e seja sempre bem vindo ao nosso blog.