Esquerda: Prédio onde está situada a Embaixada Australiana em Tel Aviv
Direita: Jantar de associação australiana defensora dos palestinos
O PROBLEMA SÃO OS PALESTINOS
A polícia australiana chama a atenção para o alto risco de ataques terroristas nas festas de final de ano na cidade de Melbourne. Por ser um dos locais onde o ano novo primeiro se inicia, a Austrália sempre atrai a atenção mundial nesta época.
A alerta foi feito na manhã desta segunda-feira, 11, na conferência “Liderança no Combate ao Terrorismo” (LinCT). O evento tem o patrocínio da polícia de Victoria, no sudeste do país, e faz parte do Fórum Internacional contra o Terrorismo, que se realiza pela primeira vez fora dos Estados Unidos.
“Se olharmos para o número de perturbações (da ordem) nos últimos dois anos e quando ocorreram, vê-se que há uma escalada no final do ano”, disse Ross Guenther, encarregado da luta antiterrorismo da polícia do estado de Victoria, ao diário The Australian.
A reunião conta com a participação de peritos de agências de serviços secretos e de acadêmicos de diversos países, como os Estados Unidos, o Reino Unido, o Canadá, a França, a Nova Zelândia, a Bélgica e Singapura.
O PROBLEMA NÃO É O TRUMP
O crescimento da insegurança em relação ao terrorismo islâmico na Austrália é emblemático e deveria receber a atenção dos críticos dos Estados Unidos e das políticas preventivas do seu presidente, Donald Trump.
A embaixada da Austrália fica no 28º andar da Discount Bank Tower, um suntuoso prédio da rua Yehuda Halevi, no centro de Tel Aviv, e não há nenhuma indicação de que o governo australiano pretenda desloca-la para Jerusalém.
A Austrália é um país que tem acolhido bem os muçulmanos, onde vive uma comunidade acadêmica altamente engajada em ações contra o Estado de Israel e onde o movimento Boicote, Desinvestimentos e Sanções tem uma grande acolhida por parte da sociedade. Ou seja, é um país amigo dos palestinos e antipatizante a Israel. Mas, mesmo assim vive numa tensão permanente em relação aos ataques terroristas islâmicos.
Um recente fato acontecido no interior da Universidade de Sydney é uma amostra do crescente sentimento antissemita que permeia os campi universitários australianos. O coronel Richard Kemp, herói do Exército britânico na Guerra do Afeganistão, fazia uma palestra como convidado de um grupo acadêmico, quando um grupo de manifestantes anti-Israel, liderados pelo professor Jake Lynch, invadiu a sala gritando palavras de ordem contra Israel e em apoio ao Movimento Boicote, Desinvestimentos e Sanções e aos palestinos.
“Richard Kemp, você não pode esconder, você apoia o genocídio”, gritavam os manifestantes que foram, a princípio, convidados a deixar o recinto para que a palestra continuasse, mas diante da negativa tiveram que ser retirados com auxílio da força.
Richard Kemp e os organizadores deram tempo suficiente para que os invasores fizessem seus discursos e depois os convidaram a deixar a sala.
Como se pode ver no vídeo abaixo, quando o bom senso não resultou, os seguranças passaram a empregar táticas de evacuação dos manifestantes. Foi um exemplo prático de aplicação dos conceitos passados na palestra do convidado, cujo tema, ironicamente, era “Dilemas éticos de táticas militares e como lidar com grupos armados não estatais”.
No momento em que o grupo de baderneiros era afastado da sala, um professor, que até então havia se calado, levantou-se em defesa dos invasores. Tratava-se do professor Jake Lynch, diretor do Centro de Estudos de Paz e Conflitos da Universidade de Sydney, que passou a gritar acusando os agentes de segurança de promoverem “um ataque violento contra a liberdade de expressão” e, numa atitude totalmente antissemita, retirou do bolso algumas notas de dólares que tentou esfregar na cara de um jovem estudante judeu.
Flagrado pelas imagens captadas pelo telefone celular de um dos presentes, o professor Jake Lynch saiu com uma das mais esfarrapadas das desculpas. Disse que estava sendo filmado sem seu consentimento por uma mulher que se encontrava atrás do jovem judeu, e que teria apontado o dinheiro para ela dizendo que iria processá-la se ela não parasse. Aussie Dave, um imigrante australiano a viver em Israel, escreveu no seu blog Israellycool que a desculpa de Lynch é “um insulto à nossa inteligência”. Realmente.
ANDS | LUSA | AAP | THE AUSTRALIAN
O mal está infiltrado em todo lugar
Fala em paz e promovem a guerra e desarmonia
Caminhamos para a grande guerra predita na biblia