ESTUDANTES ISLÂMICOS USAM A DEMOCRACIA PARA ATACAR ISRAELENSES
Já virou rotina. Muçulmanos vivendo nos países democráticos abusam da liberdade para impor suas regras. Completamente o oposto do que vivem nos seus países de origem, onde as minorias são tolhidas de todas as formas pelas leis islâmicas.
A reportagem abaixo foi publicada originalmente no New York Times. A tradução é do portal G1.
MUÇULMANOS AGRIDEM DIPLOMATA JUDEU EM PLENO CORAÇÃO DOS EUA
Grupo perturbou discurso de israelense em Irvine, na Califórnia.
Promotor acusou 11 estudantes e esquentou discussão sobre liberdade.
Quando administradores da Universidade da Califórnia, em Irvine, decidiram suspender a União dos Estudantes Muçulmanos por um trimestre devido à perturbação de um discurso realizado no ano passado por um embaixador israelense para os Estados Unidos, a maioria das pessoas pensou que a mais recente controvérsia no campus tinha acabado.
No entanto, o promotor público Tony Rackauckas, de Orange County, discordou – e submeteu acusações criminais de delitos leves contra os 11 estudantes que protestaram, acusando-os de perturbar uma reunião pública e participar de uma conspiração para tal.
As acusações não apenas reacenderam o debate no campus sobre o evento, mas também geraram uma discussão agressiva sobre o papel da liberdade de discurso num ambiente universitário- neste caso, um ambiente cuja política pode parecer tão complicada quanto as negociações de paz no Oriente Médio.
Quando o embaixador Michael B. Oren chegou para sua palestra, no final de fevereiro, vários estudantes se levantaram, um de cada vez, e o interromperam com gritos de protestos contra Israel. Quando os repetidos ataques continuaram ao longo do discurso de Oren, o embaixador se reuniu com seus assistentes de segurança para decidir se continuaria ou não falando. Ele prosseguiu; mas, no momento em que o discurso acabou, 11 estudantes muçulmanos – que ficaram conhecidos como “os 11 de Irvine”, embora houvesse três alunos da Universidade da Califórnia, Riverside – tinham sido presos.
Enquanto os estudantes caminhavam pelo campus recentemente, a maioria nem bateu o olho nos coloridos panfletos promovendo alguns eventos que ocorreriam em breve no campus. Eles podem ter perdido a palestra “Islã, a religião incompreendida”. Mas puderam pegar um panfleto sobre a filosofia islâmica na mesa ali perto – onde placas proclamavam “Egito livre”.
Durante o trimestre do outono, enquanto a suspensão estava em voga, nenhum tipo de atividade como essa foi permitida para a União dos Estudantes Muçulmanos.
Ao longo da última década, a universidade se tornou símbolo do que alguns grupos judaicos dizem ser um sentimento crescente anti-Israel no campus. Mas, para outros, a faculdade está rapidamente se tornando um símbolo dos problemas que estudantes muçulmanos enfrentam quando são considerados diretos demais.
Em 2009, a União dos Estudantes Muçulmanos realizou um evento para levantar fundos para uma organização que ajuda o Hamas, o grupo militante islâmico, em Gaza. A universidade pediu que o FBI investigasse, mas nenhuma acusação foi feita.
Grande parte da controvérsia no campus se centra na Semana de Consciência da Palestina, que a União dos Estudantes Muçulmanos patrocina toda primavera. No passado, a semana incluiu bandeiras israelenses manchadas de sangue e discursos realizados sob placas que diziam “Holocausto na Terra Santa” e “Israel – O Quarto Reich”.
Muitos alunos chegam a temer a série de eventos, que começou a ser chamada por alguns de “semana do ódio”. Alguns estudantes disseram se sentir desconfortáveis ao cruzar o campus usando uma estrela de Davi ou qualquer outro símbolo evidentemente judaico durante a semana. Alguns tiveram discussões aos gritos, enquanto outros escolhem ficar em casa e evitar o campus.
Porém, no último inverno, pareciam que a conversa tinha diminuído de tom e grande parte do desconforto dos alunos judeus tinha se enfraquecido. No entanto, estudantes disseram ter ouvido planos para interromper o discurso de Oren. Os alunos que foram presos disseram que o protesto não tinha sido uma atividade da União dos Estudantes Muçulmanos, mas uma investigação de autoridades da universidade concluiu que o grupo tinha coordenado o protesto na tentativa de cancelar o evento.
Ataques similares ocorreram durante discursos de autoridades israelenses em outros centros universitários. Mas aparentemente nenhum deles gerou ações disciplinares por parte de autoridades da universidade ou da lei.
Reem Salahi, advogado que representou os alunos muçulmanos em suas audiências administrativas, disse que a decisão de suspender o grupo islâmico foi “muito dura” e que os promotores estavam agindo de “maneira muito seletiva”.
“Não é apenas a punição, mas a difamação desses estudantes que preocupa”, disse Salahi. “Se foi grosseiro ou desrespeitoso, a questão não é essa. A questão é que eles estavam tentando liberar suas queixas de forma pacífica”.
Como as acusações contra os alunos foram registradas recentemente, o promotor público tem sido alvo de vários grupos, incluindo a União Americana de Liberdades Civis do sul da Califórnia. O gabinete do chanceler não adotou nenhum posicionamento sobre a ação, mas recentemente 100 membros do corpo docente pediram que Rackauckas desistisse das acusações. Mas Rackauckas não dá sinais de que voltará atrás.
A maioria dos grupos judaicos envolvidos no campus evita tomar um posicionamento sobre se os manifestantes deveriam ser processados, embora alguns grupos de fora afirmem apoiar a ação.
Matan Lurey, estudante do último ano e presidente do Hillel, o maior grupo estudantil judaico da universidade, disse temer uma represália por parte dos alunos que culpam os grupos judaicos pelas ações do promotor público.
“Estou muito ciente de que não tivemos nada a ver com esse processo, mas essa separação pode ser muito vaga na mente de outras pessoas”, disse Lurey. “Tenho medo de que isso possa causar mais tensão quando as coisas melhorarem.”