CORRUPÇÃO, PEDOFILIA, FUTEBOL, SÍRIA, PUTIN, PALESTINA E LAVA-JATO: JORNALISTAS DE QUASE TODO O MUNDO ABREM UMA VERDADEIRA CAIXA DE PANDORA.
As informações são ainda preliminares, muito preliminares, mas para quem pensava que a Operação Lava Jato se restringia à história de um tríplex no Guarujá ou a uma guerrinha Aécio/Globo versus Lula/Record, acaba de estourar uma bomba sem precedentes chamada “Panama Papers”. Vem aí uma mega-investigação que promete agitar todo o mundo e a atingir em cheio alguns dos envolvidos no maior escândalo financeiro da história do Brasil.
A investigação, que agora é transmundial, envolveu 376 jornalistas, 109 órgãos de comunicação, mais de 80 diferentes países e 11.500.000 (onze milhões e quinhentos mil) documentos!
A INVESTIGAÇÃO
Um ano de trabalho de investigação. E um vazamento de informações gigantesco que trouxe a público neste domingo, 03, os esquemas de lavagem e ocultação de patrimônio de políticos, empresas, figuras públicas mundiais e escritórios de advocacia. A princípio, as quantias envolvidas superam os dois bilhões de dólares.
Um vazamento de informações sem precedentes levantou a cortina sobre negócios ilegais e estratégias de circulação de capitais com recurso a sociedades sediadas em paraísos fiscais – as chamadas offshores.
No âmbito da política internacional temos o presidente russo Vladimir Putin, o rei da Arábia Saudita, o primeiro-ministro islandês, o presidente ucraniano, o presidente da Argentina e mais de 120 outros líderes políticos mundiais.
No campo do esporte e entretenimento estão listados o jogador Lionel Messi, do Barcelona; o ator Jackie Chan, o diretor de cinema Pedro Almodóvar e o músico russo Sergei Roldugin.
De modo geral, parece ter de tudo nos escombros causados pelo terremoto Panama Papers: homens de negócios, traficantes de droga, escritórios de advocacia, filhos de primeiros-ministros, amigos de infância de poderosos chefes de Estado, sobrinhos de outros presidentes.
A lista é extensa e os implicados neste que pode ser um dos maiores casos de corrupção mundiais constam dos muitos milhões de páginas de dados a que o jornal alemão “Süddeutsche Zeitung” teve acesso e que o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (CIJI) divulgou no dia de ontem.
No olho do furação surge uma sociedade de advogados em particular – o Mossack Fonseca, uma discreta mas poderosa sociedade sediada precisamente no Panamá e a que os poderosos recorriam para guardar o seu dinheiro. É a quarta maior sociedade mundial no que diz respeito à criação de empresas fantasma, tendo os seus serviços sido requisitados por mais de 300 mil empresas em todo o mundo.
SÉRGIO MORO, LAVA JATO, MOSSACK FONSECA E O TRÍPLEX DO LULA
Policiais federais brasileiros prendem responsáveis pela Mossack Fonseca no Brasil: Lula na mira.
Quando a Polícia Federal deflagrou, em 27 de Janeiro de 2016, a 22ª fase da operação, batizada de Operação Triplo X, provavelmente o Dr. Sérgio Moro não sabia que acabava de pôr as mãos num intrincado vespeiro internacional.
Naquele dia foi presa a gerente da Mossack Fonseca, Renata Pereira Britto, que na oportunidade disse que a empresa disponibilizava aos clientes um “estoque de empresas de prateleira” no exterior. As offshores, segundo Renata, já vinham inclusive com diretoria constituída e o cliente precisava apenas escolher um dos nomes da lista fornecida pela Mossack.
A Operação Triplo X pediu ainda as prisões de Maria Mercedes Riano Quijano e Luis Fernando Hernandez River, administradores da Mossack Fonseca no Brasil, mas a dupla conseguiu fugir.
A utilização de paraísos fiscais para a ocultação de capitais não é ilegal, e parte da informação divulgada pelo CIJI limita-se a revelar as vias de circulação desse dinheiro e empresas. Mas o ponto fundamental da revelação dos dados a que o jornal alemão teve acesso através de uma fonte anônima são os esquemas de lavagem financeiro que resultaram, a princípio, num desvio de dois bilhões de dólares através de empresas fantasma e bancos de todo mundo.
Ainda não é possível prever todas as implicações da informação agora divulgada através do consórcio e que pode ser consultada no site The Panama Papers – onde há dados sobre os esquemas de corrupção, os protagonistas e onde até se ensina a criar offshores e a abrir contas bancárias na Suíça.
Os mais de 11 milhões de dados a que o alemão “Süddeutsche Zeitung” teve acesso percorrem 40 anos de atividade nesta área dos offshores e foram conseguidos como resultado do trabalho de um ano de investigação, em que 25 jornalistas de vários países estudaram a sociedade Mossack Fonseca.
Wladimir Putin é um dos políticos que está a naufragar no escândalo
PALESTINA SIM, ISRAEL NÃO.
A lista de países envolvidos é tão extensa que vamos citar aqui em ordem alfabética.
Argélia, Angola, Argentina, Azerbaijão, Botswana, Brasil, Camboja, Chile, China, República Democrática do Congo, República do Congo, Equador, Egito, França, Gana, Grécia, Guiné, Honduras, Hungria, Islândia, Índia, Itália, Costa do Marfim, Cazaquistão, Quênia, Malásia, México, Marrocos, Malta, Nigéria, Paquistão, Palestina, Panamá, Peru , Polônia, Ruanda, Senegal, África do Sul, Arábia Saudita, Coreia do Sul, Espanha, Síria, Reino Unido, Venezuela e Zâmbia.
O VÍDEO
Assista agora a um vídeo, postado ontem no Youtube, que traça um panorama da investigação. A gravação está no original, em inglês.
Nós, da ANDS, continuaremos a acompanhar o desenrolar desta história e tudo o que disser respeito a Israel ou aos seus adversários, mormente àqueles envolvidos nas campanhas de boicote aos produtos israelenses, nós procuraremos tratar aqui, de forma clara e compreensível a todos os nossos leitores
ANDS | PANAMA PAPERS | IONLINE | OBSERVADOR | PÚBLICO | G1
o ser humano esta podre e suas instituiçoes estao fedendo
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