A DOAÇÃO DE LIONEL MESSI E A LÓGICA ISLÂMICA
Lionel Messi, quando joga, carrega no peito o nome de uma empresa árabe, faz propaganda para empresa árabe, recebe seus salários – em grande parte – de empresa árabe, mas “escorregou” feio quando tentou agradar justamente aos árabes.
O craque do Barcelona resolveu oferecer as suas chuteiras como donativo a um programa de televisão egípcio. O objetivo é que o programa leiloasse as chuteiras e que o dinheiro arrecadado fosse doado às crianças carentes egípcias. O problema é que o povo egípcio considerou a doação um insulto à cultura árabe.
O argentino foi entrevistado pelo programa “Yes I am Famous” do canal egípcio MBC Masr, e aproveitou a ocasião para fazer a doação.
Algo bastante comum no mundo ocidental, um par de chuteiras de um jogador famoso pode render um bom lucro a qualquer instituição que a possua. Personagens como Cristiano Ronaldo ou Rafael Nadal já tiveram calçados leiloados permitindo bons lucros para essas instituições.
Recentemente, um par de chuteiras utilizadas por Neymar Júnior atingiu a bagatela dos 45.000 Reais.
O problema é que para a cultura árabe os sapatos, sejam eles esportivos ou sociais, são objetos considerados ultrajantes. “Nós (egípcios) nunca fomos tão humilhados durante sete mil anos de civilização”, disse Hasasin, um controverso membro do parlamento do Egito. Por sua vez, um apresentador de televisão disse que ia bater em Messi com as chuteiras e depois, como retribuição da provocação, iria doá-las à Argentina.
Chuteiras de Neymar vendidas num site de leilões on-line
Esta revolta por parte do povo egípcio está relacionada com o significado dos sapatos na cultura árabe pois são considerados um dos objetos mais inapropriados e sujos pelo fato de estar em contacto com o chão. Chamar alguém de “gazma”, a palavra árabe para sapato, é considerado um grande insulto e nunca se deve mostrar as solas dos sapatos nem entrar em casa de alguém calçado. Muito menos atirar um sapato em alguém.
Azmy Megahed, porta-voz da Associação de Futebol Egípcio, também comentou o sucedido: “Os nossos pobres não precisam dele. Se ele tenciona humilhar-nos, ele que ponha as chuteiras na cabeça e nas cabeças daqueles que o apoiam. Ele que dê as chuteiras ao seu país, a Argentina está cheia de pobreza”.
Este caso teve uma dimensão tão grande que El-Sharkawy, a apresentadora do programa em que Messi deu as chuteiras, defendeu-se dizendo que os donativos não eram intencionados para os pobres egípcios. “O Messi nem sequer mencionou o Egito nem disse que os donativos seriam para o Egito”, relatou a apresentadora tentando acalmar o caso.
O episódio demonstra como não é fácil agradar os muçulmanos, mesmo que seja um craque das dimensões do Messi a tentar fazê-lo.
ANDS | OBSERVADOR
Republicou isso em jesusavedmee comentado:
O que dá não conhecer os costumes de outra nação. Infelizmente o jogadores em sua maioria tem os cérebros nos pés…
isso poderia acontecer com aquele nojento do Cristiano Ronaldo que sempre que pode apoia a mentira chamada causa palestina.