O presidente de Israel Reuven Rivlin deve delegar a Benny Gantz a responsabilidade de formar governo. O convite deve ser feito hoje. É a primeira vez em 11 anos que alguém que não Netanyahu recebe esta incumbência.
Depois de duas eleições sem conseguir maioria absoluta, Benjamin Netanyahu não conseguiu acordos suficientes para manter-se no cargo. Sendo assim, dentro do rito parlamentarista, o primeiro-ministro entregou o cargo ao presidente. Benny Gantz tem agora 28 dias para aprovar uma nova equipe governativa.
A renúncia de Netanyahu foi anunciada através de uma postagem no Facebook. Num curto vídeo, Netanyahu apontou o dedo ao líder do partido Kahol Lavan, dizendo que apesar das diversas propostas de construírem um governo de unidade nacional, sua oferta foi recusada por Gantz.
O co-líder do Partido Kahol Lavan, Yair Lapid, disse que o seu partido “está determinado a formar um governo de unidade nacional liderado por Benny Gantz”.
Mas, também para Benny Gantz as coisas não estão fáceis. Dificilmente Benjamin Netanyahu e seu partido, o Likud, aceitarão as bases lançadas pelo Kahol Lavan durante as duas campanhas eleitorais anteriores.
Gantz conseguiria formar um governo de unidade se Netanyahu aceitasse uma chefia rotativa no novo governo, o que é pouco provável que aconteça. Netanyahu não compactua com as posturas de alguns partidos e políticos que se aliaram a Gantz ao longo da campanha.
Reuven Rivlin deu a Benny Gantz a oportunidade de formar governo. Se em 28 dias ele não conseguir, Israel volta às urnas. Eleições são processos caros e desgastantes, e isso não é bom nem para Gantz nem para Israel.