ENTREVISTA COLETIVA
Em entrevista coletiva concedida há pouco, às 11:15h de Israel (06:15h de Brasília), Gilad Shalit apareceu confuso, respondendo as perguntas de forma desconexa. A imagem do israelense, totalmente debilitado, contrasta com as cenas de libertação dos terroristas libertados, todos gordos e bem dispostos. Fica claro a diferença de tratamento dado a seus prisioneiros.
Aliás, das mulheres libertadas, pelo menos uma dezena delas SE RECUSARAM A VOLTAR PARA A FAIXA DE GAZA. Parece que sabem o que lhes espera. A mensagem que parecem passar – embora não digam isso abertamente – é que preferem as prisões israelenses do que a “liberdade” dos seus próprios lares. Que coisa incrível!
Outro detalhe a ser considerado é que 40 outros prisioneiros estão sendo levados para Turquia, Síria e Qatar. A estes parece também que não lhes cai bem retornar à Faixa de Gaza.
A entrevista se deu num ambiente confuso. A jornalista âncora, uma árabe, perguntava em inglês, a pergunta era repetida em árabe (provavelmente para as emissoras árabes) e traduzida em hebraico para o jovem. Foi dentro deste ambiente confuso – e se dirigindo a um jovem completamente debilitado – que a jornalista disparou a mais revoltante das perguntas:
“Há neste momento mais de quatro mil palestinos (sic) detidos em prisões israelenses. Você vai fazer alguma campanha pela libertação destes prisioneiros?”
Confuso, com o olhar perdido, Shalit respondeu apenas que esperava que se eles fossem soltos que se comprometessem com a busca pela paz.
Não comento nada agora para não externar meu repúdio da forma como me ocorre. Noutro post me posicionarei. Mas, caro leitor, o que você responderia à “nobre” jornalista?
Primeira entrevista do recém libertado Gilad Shalit
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