No deserto da Judeia, próximo da fronteira entre as antigas tribos de Judá e Benjamin, um visionário está a restaurar o ecossistema bíblico, o ambiente dos tempos de Josué, Davi e Cristo viveram. O visionário chama-se Guy Erlich e o sonho que pouco a pouco se torna realidade é a fazenda Bálsamo de Gileade.
Guy Erlich lia sua Bíblia e ficava incomodado com um questionamento: “Porventura não há bálsamo em Gileade? Ou não há lá médico? Por que, pois, não se realizou a cura da filha do meu povo?”
A pergunta, registrada em Jeremias 8:22, permaneceu adormecida no coração de Erlich até que ele tomou a decisão de iniciar um projeto inovador nas terras de Judá.
Nos tempos bíblico, o bálsamo encontrado em Gileade era usado na medicina, na cosmética e até no Templo. Juntamente com o incenso e a mirra, o bálsamo de Gileade faz parte dos produtos que eram amplamente utilizados e que, pouco a pouco, foram caindo no esquecimento.
Erlich dá ainda os primeiros passos no seu empreendimento, mas a sua atitude já está fazendo florescer um pedaço de terra entre o Mar Morto e Jericó.
“Ao longo dos anos, cultivei uma diversidade de plantas bíblicas raras, tanto para o fabrico de perfumes quanto para o uso medicinal”, diz Erlich, concluindo que hoje tem certeza de que há muitas plantas em ser herbanário “com potencial para beneficiar a humanidade”.
Tudo começou com a árvore de Balsamon, mais conhecida como Bálsamo de Gileade. Por mil anos, os antigos agricultores hebreus desta região foram os únicos no mundo a cultivar a planta exótica, usando-a para fins medicinais e cosméticos. Agora, a aventura biotecnológica de Guy Erlich está restaurando não só o cultivo do bálsamo como parte do ecossistema bíblico da região.
“Os agricultores do passado sabiam como fazer do bálsamo a medicação mais importante do mundo antigo e também um perfume, considerado o melhor perfume do Império Romano”, diz o agricultor. “O Bálsamo fazia parte também dos primeiros ingredientes usados na confecção do incenso do Templo Sagrado e, desde o período do Segundo Templo, foi usado como o óleo da unção dos reis de Israel”.
Erlich lamenta que no sexto século depois de Cristo, o bálsamo desapareceu da região, juntamente com o povo hebreu.
A aventura de Erlich começou quando ele, com a ajuda (e cumplicidade) de um cientista alemão, conseguiu trazer mudas diretamente da Arábia Saudita, onde a planta ainda era cultivada.
“Acredito que no futuro ela acabará por ser um medicamento”, acredita Erlich. “Antes que seja um remédio, será um nutracêutico e um cosmético. E depois voltará a ser o primeiro ingrediente do incenso do [novo] Templo”, diz o agricultor.
O termo “nutracêutico” ainda é uma expressão pouco conhecida. A nutracêutica é uma nova disciplina científica cujo nome resulta da combinação dos termos “nutrição” e “farmacêutica”. Esta nova ciência estuda os componentes fitoquímicos presentes nas frutas, legumes, vegetais e cereais, dispondo-se a investigar as ervas, folhas, raízes e cascas de árvores para descobrir seus benefícios para a saúde bem como para a cura de algumas doenças.
Na fazenda Bálsamo de Gileade são cultivadas hoje diversas espécies citadas na Bíblia, mas as atenções de Erlich estão voltadas mesmo para o Bálsamo de Gileade. Atualmente sua plantação tem o tamanho equivalente a 3 campos e meio de futebol, mas há 5.000 mudas prontas para serem plantadas. E para isso ele conta com a ajuda de voluntários e turistas que visitam a fazenda.
E porque Guy Erlich precisa da ajuda de voluntários e turistas? Porque a pressão internacional dificulta a contratação de mão-de-obra nesta região. Como a Judeia e a Samaria foram áreas tomadas aos judeus e destinadas à população árabe, o mundo hoje chama esta região de Cisjordânia e os judeus são proibidos de nela investir.
A plantação de Erlich encontra-se em terras israelenses, na Judéia bíblica, mas quando seus produtos chamaram a atenção de um potencial parceiro norte-americano, as coisas complicaram. O movimento Boicote, Desinvestimentos & Sanções sabotou a relação, obrigando a empresa americana a recuar.
Erlich teve que demitir os trabalhadores israelenses e árabes e agora conta apenas com a ajuda dos voluntários.
“Lamento a atitude desta empresa, lamento que tenham se rendido a este movimento perverso, mas o que eu posso fazer?”, indaga Erlich. “Só posso continuar lutando em busca do sucesso, mesmo sem eles.”
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