FAMÍLIA DE JOVEM ÁRABE INDIGNADA COM A DEMOCRACIA
Se Mohammed Abu Khdeir era ou não gay, não faço a menor ideia, mas que as autoridades israeleneses estão certas nas perguntas que fizeram, estão. Os árabes que se acostumem com a democracia.
Os autodenominados “palestinos” estão tão acostumados à falta de liberdade e às pressões dos seus líderes e suas autoridades que quando se deparam com um simples inquérito democrático vão logo subindo pelas tamancas. O pai do jovem árabe Mohammed Abu Khdeir, que foi sequestrado e morto em Jerusalém, está indignado com as pergunntas que lhes foram feitas pelas autoridades israelenses.
Segundo o jornal inglês The Telegraph (sim, inglês e independente e não uma publicação israelense ou norte-americana), Abu Khdeir, pai, achou “ridículas” perguntas como: “Quanto dinheiro ele tinha no bolso?”, “Quem eram os seus amigos?”, “Ele tinha inimigos?”, “Alguém o odiava?”.
Para o Abu Khdeir, pai, essas perguntas são desnecessárias, afinal de contas o que ele quer mesmo é que israel seja culpabilizado diretamente, sem investigações, sem inquéritos, sem julgamenos, exatamente como acontece entre eles, os muçulmanos. Indignado, o pai do rapaz vociferou: “Eles até perguntaram se ele havia sido seqüestrado antes!”
Ora, ora, alguém precisa explicar para este senhor que nem todos os povos do mundo levam suspeitos para masmorras e os torturam até à morte visando arrancar-lhes confissões forçadas ou obrigando-os a renunciar à alguma fé, contrárias ao islã, que estes porventura tenham abraçado.
GAY OU NÃO GAY
Corre rumores de que Mohammed Abu Kheir era gay e que tenha sido morto pelos próprios palestinos (sic) em mais um “crime de honra”, algo muito comum entre os muçulmanos. O interessante é que aparentemente esta pergunta não foi feita ao pai do jovem. E se foi, isto não causou indignação, uma vez que não está entre as frases citadas pelo pai na entrevista dada ao The telegraph.
Acho que é precipitado caracterizar este crime como homofóbico ou de honra. Quem caminha pelas ruas de Jerusalém está acostumado a ver rapazes árabes bastante delgados, de lábios avermelhados, andando abraçados com outros rapazes parecidos. A compleição física raquítica faz parte do biotipo deles e o andar abraçado é comum na sua cultura, tudo muito normal em Israel.
Quanto à violência dos tais “crimes de honra”, basta passar os olhos pelas notícias de crimes envolvendo mçulmanos e vocês verão que isso é tão normal quanto pão-de-queijo em Minas Gerais. A disciplina entre irmãos é severa. E se envolver homossexualismo então, a coisa fica muito complicada.
Certa vez eu estava caminhando na estrada que vai de Jerusalém para Jericó e fui avançando em “território árabe”. Quando dei-me conta, voltei vagarosamente caminhando pela calçada. À minha frente vinham dois jovens árabes, aparentemente irmãos. O mais velho, que devia ter 16 anos, no máximo, discutia com o menor, de 8 ou 9. Pelo que pude entender, o maior criticava o menor pela displicência na forma como transportava a mochila, pois, como toda criança, o menor caminhava brincando. Depois de duas ou três advertências, o maior deu uma pancada na cabeça do menor que quase o lança no chão. Com os olhos crispados ele avançou sobre o irmão e eu apressei o passa para não me meter em confusões desnecessárias e que eu não tinha a menor ideia do que se tratava.
Ora, se uma simples questão de posturra física desembocou numa “disciplina” daquelas, imaginem o que aconteceria se o pobrezinho resolvesse ter um comportamento sexual diferenciado?
Se Mohammed Abu Khdeir era ou não gay, não faço a menor ideia, mas que as autoridades israeleneses estão certas nas perguntas que fizeram, estão. Eles que se acostumem com a democracia.