A BALEIA AZUL DOS HINOS NACIONAIS
O Hino Nacional da Palestina trás embutido em si uma promessa de sacrifício final. Parece o tal Desafio da Baleia Azul, onde jovens e adolescentes submetem-se a 50 desafios, sendo que o desafio final é o suicídio. Assim como no macabro jogo digital, os versos finais do Hino da Palestina propõe àqueles que o entoam um sacrifício final: “Viverei como um fida’i, permanecerei um fida’i, terminarei um fida’i.”
Fida’i é uma expressão emblemática, pois traz embutida em si o sentido de sacrifício pessoal extremo, ou seja, a morte, o suicídio. O plural da expressão fida’i (فدائي) é fida’iyun (فِدائيّون), cuja tradução livre do árabe tem o sentido de “devoto”, “mártir” ou “aquele que se redime pelo sacrifício”. É o termo utilizado pelos terroristas suicidas, que dão suas vidas pela causa palestina ou, de forma mais abrangente, pela causa do Islã. Todo palestino, ao cantar o hino da sua suposta nação, faz um voto de terminar seus dias dando sua vida pela causa, morrendo através do suicídio. É uma espécie de desafio da baleia azul nacionalista.
O hino, que em árabe tem o nome de Biladi, foi escrito por Said Al Muzayin, cognominado Fata Al Thawra, e musicado pelo maestro egípcio Ali Ismael. Foi adotado pelo Conselho Nacional Palestino em 1996, de acordo com o Artigo 31 da Declaração de Independência da Palestina, de 1988.
Por 60 anos o Hino da Palestina foi o Mawtini, uma peça composta em 1934 pelo poeta árabe Ibrahim Touqan com melodia do egípcio Muhammad Fuliefil. Curiosamente, o Mawtini não fala de um país, embora naquela época a Terra de Israel fosse conhecida internacionalmente como Palestina. Para Tougan, Fuliefil e demais árabes nascidos na Palestina, a região era apenas “Mawtini”, ou seja, a sua “terra natal”.
Na época em que o primeiro hino da Palestina foi escrito, os árabes residentes na Terra de Israel não eram chamados de “palestinos”, mas sim de “árabes nascidos na Palestina”. Com a ascensão de Yasser Arafat ao poder e a posterior criação da Organização para Libertação da Palestina, Arafat não só inventou um “Povo Palestino” como lhes deu um novo hino. Saiu o velho hino, Mawtini (“Minha terra natal”), e entrou o novo, Biladi (“Meu país”), adotado até hoje.
Veja abaixo a íntegra da letra do Hino Nacional da Palestina e tire suas conclusões. Afinal, terão os fida’iyun, que entoam estes versos, intenções de fazer do Oriente Médio uma região pacífica?!
BILADI
Meu país, meu país, meu país
Minha terra, terra de meus ancestrais
Meu país, meu país, meu país
Meu povo, meu povo da eternidade.
Com minha determinação, meu fogo e o vulcão de minha luta
Com o anseio em meu sangue por minha terra e meu lar
Galguei as montanhas e combati nas guerras
Conquistei o impossível, cruzei as fronteiras.
Com a força do vento e o fogo das armas
E a determinação de minha nação na terra da contenda
Palestina é meu lar, Palestina é meu fogo
Palestina é minha vingança e a terra da perseverança.
Pelo voto sob a sombra da bandeira
Por minha terra e minha nação e pelo ardor do sofrimento
Viverei como um fida’i, permanecerei um fida’i,
Terminarei um fida’i – até que meu país regresse.
ANDS | INTERNET
NOTA: Neste artigo as palavras “palestinos” ou “Palestina” aparecem 19 vezes. Para conhecerem a política da ANDS sobre as terminologias utilizadas nas suas reportagens, sugerimos a leitura do artigo ISRAEL NÃO É PALESTINA E NÃO EXISTE UM POVO PALESTINO.
Isto não é um hino e sim uma convocação de guerra!!