ENCHENTES NO RIO DE JANEIRO E ALGO QUE VOCÊ TALVEZ NÃO SAIBA SOBRE ISRAEL
“Chaverim, devido a tragédia que se abateu no Estado do Rio de Janeiro, o Hashomer Hatzair e o CCMA colocaram o Beit Mordechai Anilevitch como centro de arrecadação de doação de roupas, colchonetes, alimentos não perecíveis, fraldas infantis e geriátricas que serão encaminhadas às autoridades competentes. Contamos com o apoio e a solidariedade de todos os que puderem ajudar. Chazak Veematz!”
A conclamação está na Internet e é uma das muitas provas da solidariedade do povo judeu nos momentos de tragédias humanitárias. Todas as vezes que catástrofes de grande magnitude acontecem em alguma parte do mundo, silenciosamente entra em ação uma rede de solidariedade judaica das quais poucas pessoas ouvem falar.

A solidariedade faz parte da constituição natural do judeu. Já na Torá encontramos um termo que está intrinsecamente ligado à solidariedade. Trata-se da palavra Hesed, cujo significado traz embutido o sentimento de dedicação, graça, bondade e lealdade. E ao longo da História, o povo de Israel protagonizou exemplares casos de solidariedade justamente por esta ser uma das instruções básicas das suas Escrituras.
A literatura basilar da cultura hebraica é a “Torah”, palavra que tem três sentidos no hebraico: “Instrução”, “Apontamento” e “Lei”. Conhecido no ocidente como Pentateuco, trata-se dos cinco primeiros livros do Tanakh (Antigo Testamento) e são também chamados de “Hamisha Humshei Torah”, ou seja “As cinco partes da Torá”.
Um dos livros que compõem o Pentateuco é o Deuteronômio e o núcleo da obra, dos capítulos 12 a 26, traz o que se convencionou chamar de Código Deuteronômico, um conjunto de proposições que orientava a vida social e religiosa de Israel e Judá na segunda metade do século VII AC. Estes preceitos até hoje influenciam diretamente o comportamento de boa parte dos judeus. E é justamente nestes capítulos que encontramos diversas referências às atitudes que modernamente convencionamos chamar de “solidárias”.
Não houve, portanto nenhuma surpresa quando em 1958, pouco antes do Moderno Estado de Israel completar 10 anos, a então ministra das Relações Exteriores de Israel, Golda Meir, sugeriu, depois de uma visita à África, a criação de uma Agência “Nacional” para o Desenvolvimento da Cooperação “Internacional”. Considerado por muitos “uma maneira estratégica do novo Estado se relacionar com a comunidade internacional”, o que Golda Meir estava a fazer nada mais era do que concretizar, uma organização, os milenares preceitos judaicos de solidariedade.

O nome escolhido para a recém fundada instituição foi “MASHAV”, um acrônimo hebraico para “Centro de Cooperação Internacional do Ministério das Relações Exteriores”. Inicialmente o Mashav preocupou-se em desenvolver programas voltados principalmente para a capacitação profissional de socorristas que pudessem atuar em outros países.
O que surpreende na atitude de Golda Meir é que naquela altura o Estado de Israel estava mais na condição de Assistido do que de Assistente. Mas foi assim, doando-se acima das suas posses e capacidades que o Mashav tornou-se um exemplo mundial, sem alardes nem contrapartidas. Ao longo da História recente, as ações do Mashav – assim como de outras organizações similares – superam em muito às de Organizações Não Governamentais famosas que vivem escoradas nos milhões de dólares arrecadados em campanhas publicitárias planetárias.
Segundo a revista Morasha, “a imagem de médicos e equipes de resgate em cujos uniformes e capacetes se destaca a bandeira azul e branca de Israel já foi vista milhares de vezes, por milhões de pessoas, em todo o mundo [em países como] Turquia, Rússia, Bósnia, Quênia, Estados Unidos ou Haiti”. Os cursos de formação profissional para resgate, espinha dorsal do Mashav quando da sua criação, ainda formam socorristas do mundo todo, sendo que “incontáveis profissionais brasileiros já se beneficiaram dos cursos de curta e média duração do Mashav, em áreas como extensão agrícola, urbanismo, cultivo de peixes, manejo de gado de corte e de leite, cursos para dirigentes sindicalistas e vários outros, implantando ao voltar de seu treinamento importantes projetos em suas respectivas secretarias de estado e de município, ou universidades”, continua a Morasha.
“Desde a implantação do Centro de Cooperação Internacional, mais de 200 mil pessoas de 140 países participaram de cursos em Israel e no exterior. São cerca de 300 os cursos realizados anualmente, em vários idiomas. Nestes 52 anos de existência, foram implantados dezenas de projetos pilotos, em todos os continentes. O primeiro foi na Libéria, em 1960, quando seis oftalmologistas do Centro Médico Hadassa treinaram equipes médicas e implantaram um hospital com 30 leitos para tratamentos de moléstias da visão. Assim nasceram os chamados ‘Campos de Olhos’, modelo que desde então passou a ser replicado em países em desenvolvimento. Além dos cursos de capacitação, exames e cirurgias realizados por médicos israelenses, o Mashav ainda fornece todos os equipamentos para o funcionamento posterior dos ‘Campos de Olhos’.”
Outra coisa que surpreende nas ações do Mashav é que os judeus não fazem restrições quanto à sua área de atuação. Se há uma catástrofe e eles podem ajudar, o fazem. Independentemente do credo ou posição política do país envolvido. A revista Morasha destaca, por exemplo, que “no ano 2000, Israel construiu e equipou totalmente uma Unidade de Terapia Intensiva no Hospital do Crescente Vermelho, em Amã. Ainda implantou e gerenciou, durante anos, uma fazenda-piloto na região jordaniana de Karak, para produção e processamento de leite de ovelha. Durante anos manteve-se uma parceria entre o Kibutz Yotvata e os fazendeiros das regiões jordanianas de Rahma e Umm-Mutlak, para treinamento e transferência de tecnologia agrícola. O Mashav treina anualmente 100 técnicos desse país em Israel em cursos que vão desde gerenciamento de pequenas empresas a métodos agrícolas auto-sustentáveis e amigos do meio-ambiente”.
Também surpreende a atitude de alguns países que, mesmo em caso de desastres, se recusam a receber ajuda de Israel ou dificultam parcerias que permitam o treinamento de pessoas para atuarem em zonas afetadas por desastres naturais. Países como o Marrocos e a Tunísia suspenderam as relações diplomáticas e a cooperação técnica com Israel e a cooperação com o Egito, Jordânia e a Autoridade Palestina diminuiu significativamente nos últimos anos. Mas, a despeito de tantas adversidades, alguns programas de cooperação regional ainda continuam funcionando, como o Programa Agrícola Regional, em parceria com a Dinamarca, que abrange Israel, Egito, Jordânia e a Autoridade Palestina. Baseado no princípio de parceria entre as partes, este programa se concentra em pesquisa aplicada, treinamento profissional e fazendas-modelo.
Um dos exemplos de apoio incondicional foi a realização recente de um seminário sobre “Manejo avançado de água para uso agrícola e urbano”, que teve a participação de profissionais dos mais diversos países, tais como Coréia, Tailândia, Índia, Cazaquistão, Uzbequistão, Tajiquistão, Turquia e Jordânia.
Em outro caso, uma delegação de dez profissionais da “Unidade de Resgate da Turquia” participou de um programa de treinamento conjunto com a “Unidade de Busca e Resgate Aravá”, de Israel. O objetivo era compartilhar experiências para ações no caso de desastres naturais.
Por fim, um último exemplo: Em parceria com a Jewish World Watch, de Los Angeles, através do projeto Moriah África construíram um Centro para Queimados, no Hospital Central de Bukavu no Congo.
Quem visitar o site do Mashav perceberá que duas bandeiras estão mais visíveis no banner da sua home page. A de Israel, é claro, e a do Brasil. A presença da Bandeira Brasileira se dá pelo fato do Brasil fazer parte das nações apoiadas pelo Mashav tendo em vista os laços históricos que unem os dois países. E o apoio aos países americanos não se limita ao Brasil, afinal de contas Israel, através do Mashav, tem atuado na Organização dos Estados Americanos (OEA) desde 1972, onde conquistou um assento como observador permanente, ministrando uma série de cursos e programas na América Latina. Embora nos oito anos de Governo Lula as relações tenham sofrido atritos, por causa das posturas sectárias dos nossos representantes, Israel não deixou de apoiar as necessidades do nosso país. Inclusive continua a receber de braços abertos os brasileiros que queiram participar dos seus treinamentos.
Da próxima vez que você ligar a TV e ouvir que uma tragédia está acontecendo em alguma parte do mundo, saiba que muito provavelmente alguém “de” Israel, treinado “em” Israel ou “por” Israel, estará a postos para ajudar os afligidos pela catástrofe.
Israel é, sem dúvidas, muito mais do que você está acostumado a ver, ouvir ou ler.
COLABORE
Para saber como colaborar com os judeus que estão empenhados no socorro às vítimas das enchentes no Rio de Janeiro, clique aqui.
Brilhante solidariedade, meu caro amigo Roberto as iniciativas silenciosas é que muitas vezes se tornam as mais louváveis. Uma semana como muita paz!
Shalom!
BELA INICIATIVA. MAIS NOBRE AINDA É QUANDO SE FAZ O BEM
SEM RECEBER ALGO EM TROCA.MELHOR AINDA: QUANDO
NÃO SE OLHA A QUEM.
BEM QUE OS BRASILEIROS DE ORIGEM JUDAICA PODERIAM DAR
UMA LIÇÃO DE SOLIDARIEDADE PARA ISRAEL, MOSTRANDO O QUE
SIGNIFICA CONVIVER EM HARMONIA, COM TOLERÂNCIA,ALTRUISMO
E COMPAIXÃO PARA COM OS NECESSITADOS,POIS, SÃO VALORES
QUE O ESTADO SIONISTA DESCONHECE.
E O BRASIL SEMPRE FOI UM EXPORTADOR DE SOLIDARIEDADE.
Shalom, Anderson. Desculpe, mas acho que você não leu direito nossa matéria. ELA MOSTRA JUSTAMENTE O CONTRÁRIO! O Estado de Israel (ou Estado Sionista como você diz) é históricamente um fomentador de ações solidárias, fato que a mídia mundial infelizmente não mostra. Por conta disso pessoas bem intencionadas como você continuam achando que o Estado de Israel é vilão enquanto os Estados Árabes são os mocinhos. Nada mais equivocado! Enquanto os multimilionários xeiques árabes deslocam-se de um lado para o outro em aviões espetaculares, hospedando-se em hotéis suntuosos e comprando times inteiros de futebol, os pobres árabes sofrem nas piores condições de vida. Sem contar que a máxima do “dois pesos e duas medidas” é uma freqüente em todos os países árabes. Por exemplo, eles punem com pena de morte os homossexuais pobres enquanto filhos do sheiks praticam homossexualismo de luxo nas grandes cidades européias.
Por isso, caro Anderson, antes de se unir aos árabes usando os argumentos deles para atacar gratuitamente o democrático Estado de Israel, sugerimos que você leia um pouco mais os nossos artigos para perceber que Israel é bem mais do que você está acostumado a ver, ler ou ouvir.
OI,COLEGA. EU SEMPRE LEIO OS E-MAILS E LINKS QUE A MIM
SÃO ENVIADOS. PROCURO ESTAR POR DENTRO DAS NOTÍCIAS
QUE MEXEM COM A OPNIÃO PÚBLICA.
É CLARO QUE EU ACHO DESUMANO O FATO DE O PRESIDENTE DO
IRÃ TENTAR APLICAR UMA LEI QUE NÃO CONDIZ COM O CONCEITO
DE DIREITOS HUMANOS QUE NÓS CONCEBEMOS,.E AINDA MAIS, A
SERVIDÃO JÁ ESTA ABOLIDA DESDE A REVOLUÇÃO FRANCESA.
TEMBEM ACHO TOTALMENTE INFAME A DITADURA A QUAL A ARÁBIA
SUBORDINA SEU POVO: NÃO EXISTE LIBERDADE DE CULTO, DE OPINIÃO,
ENFIM, NÃO HÁ UMA LIBERDADE.QUEM PREGAR UMA FÉ DIFERENTE PODE
SER PRESO.
ALIÁS, FOI ATRAVÉS DO ROBERTO QUE EU CONHECI ESTE SITE.GOSTO
PORQUE,EM RELAÇÃO A ALGUMAS NOTICIAS, A ABORDAGEM AQUI NÃO É
TÃO TENDENCIOSA QUANTO NA MÍDIA EM GERAL.
MAS CONTINUAREI A LER MAIS A RESPEITO DOS ÁRABES E SEUS COS
TUMES QUE A MIDIA NÃO COSTUMA COMENTAR.O QUE ÁS VEZES,ME DEIXA
INDIGNADO, AMIGO,É QUE OS MILITARES ARBITRAM CERTAS ATITUDES
E OS OUTROS RESPAUDAM,COMO SE ISSO FOSSE UMA FORMA EFICIENTE
DE DEFESA.
PORÉM,EM NENHUM MOMENTO TIVE A INTENÇÃO DE INSPIRAR DISCÓRDIA
ATRAVÉS DOS COMENTÁRIOS QUE EU POSTO. E GOSTARIA DE PEDIR DESCUL-
PAS SE SE DEIXEI TAL IMPRESSÃO. NA REALIDADE LUTO CONTRA TAL SENTI-
MENTO.
A solidariedade com as vítimas é sempre bem-vinda, mas devemos lembrar que também há um outro lado da tragédia. Sobre isso escrevi um artigo em: http://www.matutando.com/2011/01/17/enchentes-na-regiao-serrana-do-rio-de-janeiro-o-outro-lado-da-tragedia/
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Enquanto esse outro lado não for resolvido, ano após ano veremos centenas de pessoas perdendo a vida em vão e outros milhares passando sérias dificuldades materiais.
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Shalom,
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Sebastião Marques