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Coronavírus

Empresa isralense alerta para outro efeito do coronavírus

Não basta usar máscara e lavar as mãos, é preciso estar atento àquilo que tocamos na tela do celular ou no teclado do computador.

A empresa israelense Check Point Software Technologies Ltd. está alertando os usuários da Internet para um efeito colateral insólito do novo coronavírus: a proliferação de mensagens “infectadas” por “phishing”.

Para quem não está familiarizado com os termos da Internet, phishing é uma maneira desonesta que cibercriminosos usam para obter informações pessoais tais como senhas, números de cartões de crédito, documentos fiscais (CPF / NIF) e dados de contas bancárias

A Check Point alerta que hackers de diversas partes do mundo estão tirando proveito do pânico gerado pelas notícias para roubar estas informações através de mensagens supostamente informativas sobre o novo coronavírus.

O Serviço de Inteligência em Ameaças da Check Point informou que desde o início de janeiro foram registrados mais de 4.000 domínios relacionados ao coronavírus em todo o mundo e que 5% desses domínios foram confirmados como maliciosos e outros 5% estão sob suspeita.

“Domínios” são os “endereços “ dos sites da Internet. Veja, por exemplo, a experiência que fizemos aqui no NOTÍCIAS DE SIÃO.

Digitamos o endereço www.coronavirus.com, escrevendo a palavra “coronavirus” sem o acento agudo, e chegamos à página oficial da Organização Mundial da Saúde. Depois, repetimos a experiência digitando novamente www.coronavírus.com, só que desta vez acentuamos a palavra. Imediatamente, fomos dirigidos para outro site, sem nenhuma ligação com o órgão da ONU responsável pela monitoração do surto do novo coronavírus. A página não é segura e, por precaução, nós não clicamos em nenhum dos seus links. E nem aconselhamos que nossos leitores façam isso.

“A taxa maliciosa dos domínios relacionados ao coronavírus é 50% maior que a taxa geral de todos os domínios registrados no mesmo período”, explicou a Check Point em um comunicado.

A empresa disse ainda que na maioria dos casos os hackers estão usando esses domínios para tentativas de phishing.

A Check Point deu como exemplo uma falsa “campanha” que foi dirigida a diversas organizações na Itália, o segundo país com o maior número de mortes causadas pelo coronavírus em todo o mundo. A mensagem dizia:

“Devido ao número de casos de infecção por coronavírus que foram documentados em sua área, a Organização Mundial da Saúde preparou um documento que inclui todas as precauções necessárias contra a infecção por coronavírus. É altamente recomendável que você leia o documento anexo a esta mensagem .”

Esta mensagem foi encaminhada a milhares de organizações italianas. Ao clicar sobre o “documento” aparecia outra janela pedindo para “ativar a edição” ou “ativar o conteúdo”. E quando a pessoa fazia isso, baixava imediatamente o programa Ostap Trojan-Downloader, um programa malicioso que rouba senhas bancárias.

Outra forma de utilização da prática de phishing é a disseminação de “falsos depoimentos” de profissionais médicos dando dicas de como proceder em caso de suspeita de contaminação. As mensagens não trazem informações corretas e ainda podem infectar o computador ou telefone celular com vírus informáticos maliciosos.

Os técnicos israelenses da Check Point recomendam que os usuários sejam cautelosos durante esse período delicado e certifiquem-se de abrir apenas anexos de fontes conhecidas. A empresa israelense alerta para também para ineficácia de certas “ofertas especiais”.

“Uma cura exclusiva para o coronavírus por apenas 150 dólares normalmente não é uma oportunidade de compra confiável, mas sim uma possível situação de fraude”, concluiu o comunicado da Check Point.

ANDS

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