Ambientalistas e adolescentes estão por trás da tragédia.

A IMPRUDÊNCIA JUVENIL

Os incêndios na Austrália trouxeram de volta uma velha expressão: Aquecimento global. O termo reinou absoluto durante as décadas de 1990 e 2000, mas acabou substituído por “mudanças climáticas”, depois que o mundo enfrentou, na década de 2010, ondas de frio como há muito não se via. Agora, como há calor e há fogo, a expressão, literalmente, ressurgiu das cinzas. Por mais surpreendente que possa parecer, não são as alterações climáticas nem tampouco o aquecimento global os responsáveis pela tragédia australiana, mas sim o dedo verde dos ambientalistas e a inconsequência de jovens e adolescentes.

A notícia foi veiculada pelo 7News, a maior emissora de televisão da Austrália: Os incêndios são criminosos e não resultado de alterações climáticas. 

Até o início desta semana, 183 pessoas haviam sido presas nos estados de Queensland, NSW, Victoria, Austrália do Sul e Tasmânia. Há a expectativa de muitas outras prisões, uma vez que ainda se encontram sob investigação outros 120 focos de incêndio.

Dos casos resolvidos, chama a atenção os dados do Estado de Queensland, onde a polícia concluiu que 103 incêndios foram provocados por ação humana direta, o que acabou por resultar na prisão de 98 pessoas, sendo 31 adultos e 67 jovens ou adolescentes.

Simon Kent, da revista online Breitbart, chama a atenção para um detalhe importante: “A ligação entre incendiários e incêndios fatais que devastam a Austrália todo verão é bem conhecida e bem documentada, com o número de casos de fogos postos aumentando muito no período das férias escolares.”

A presença de mão criminosa no início dos incêndios é também defendida Paul Read, co-diretor do Centro Nacional de Pesquisa dos Incêndios Florestais da Austrália. Segundo Read, a maioria dos incêndios florestais são causados ​​por seres humanos, deliberada ou acidentalmente. “Cerca de 85% [dos incêndios] estão relacionados à atividade humana” diz Paul Read, “13% deles confirmadamente criminosos e 37% suspeitos de serem criminosos”.

A ESTUPIDEZ ECOLÓGICA

Embora comuns nesta época do ano, os incêndios florestais australianos só ganharam a atual visibilidade por terem matado mais animais do que em outras ocasiões. Fala-se em meio bilhão de animais mortos, enquanto o número de seres humanos é de 26, sendo 23 civis e 3 bombeiros. Indiscutivelmente se trata de uma tragédia, mas completamente diminuta diante do que aconteceu há 10 anos, quando num único dia, 7 de fevereiro, morreram 179 pessoas. Denominado “Sábado Negro”, o dia 7 de fevereiro 2009 foi o ponto alto de uma temporada que acabaria com mais de 300 australianos mortos.

Lamentavelmente, parece que a morte se animais sensibiliza mais do que a perda de vidas humana.

Na semana passada, Bernie Sanders, defensor das causas ecológica e adversário político do presidente norte-americano Donald Trump, culpou aqueles que estavam “adiando a ação sobre as mudanças climáticas” pelo “céu vermelho-sangue e pelo ar irrespirável da Austrália”.

Bernie Sanders, juntamente com nomes de expressão como Leonardo DiCaprio, Elton John, Russel Crowe e Nicole Kidman, levantaram suas vozes em defesa da Austrália. O que estes famosos deveriam saber é que grande parte da tragédia australiana se deve justamente ao efeito negativo de ações ambientalistas defendidas por eles.

Na Austrália, como em diversas partes do mundo, crescem o número de “políticas ambientais” que punem proprietários de terras que antigamente realizavam, nos meses frios, “queimadas controladas” da cobertura inflamável do solo.

“Muitos incêndios florestais são causados ​​por políticas ambientalistas ecológicas”, denunciou em 2009 a jornalista australiana Miranda Devine no rescalda da tragédia do “Sábado Negro”. Segundo Devine, há leis na Austrália “que impedem os proprietários de limpar a própria vegetação para se protegerem”. Num artigo contundente, publicado no The Sydney Morning Herald do dia 12 de fevereiro de 2009,

Miranda Devine aponta o dedo diretamente para o governo australiano e seu empenho em agradar os ecologistas.

“Os governos que apaziguaram a besta verde ignoraram inúmeras pesquisas estaduais e federais sobre incêndios florestais na última década, quase todas recomendando o aumento da prática da ‘queimada preventiva´”, afirmou Devine. “Também conhecidas como ‘redução de riscos’, a queimada preventiva é uma forma metódica de queimar a cobertura inflamável do solo nos meses mais frios, de maneira controlada, para que não aconteçam os inevitáveis ​​incêndios florestais no período de verão”, escreveu a jornalista.

Para Miranda Devine, a responsabilidade pela morte de quase 300 pessoas não foi das mudanças climáticas, mas sim da intensidade incontrolável das chamas. E isso só aconteceu porque o fogo foi turboalimentado por enormes quantidades de matérias combustíveis acumuladas no solo após longos anos de seca. O poder da ideologia verde sobre o governo não permitiu que os proprietários de grandes áreas limpassem a vegetação para se protegerem, reduzindo os riscos de combustão.

Scott Gentle, gerente de uma empresa estatal australiana, comentou que há 13 anos, em julho de 2007, foi testemunha do impasse criado entre os moradores da sua cidade e os ecologistas. Segundo Gentle, pressionado pelos ambientalistas, a comunidade foi proibida de fazer uma limpeza preventiva das suas propriedades. O resultado é que aconteceu um incêndio de grandes proporções e 147 pessoas perderam a vida.

Na cidade de Kinglake, os moradores limpavam grande faixas de florestas de modo a fazer uma linha de contenção contra incêndios, quando foram impedidos pelos ambientalistas de continuar a ação preventiva. Mais do que isso, os ecologistas voltaram a por a região no mesmo estado em que se encontrava antes.

Em St. Andrews, no condado de Nillumbik, a comunidade foi proibida pelos ambientalistas de cortar as árvores nas áreas que ligavam suas casas à mata. O objetivo era formar uma faixa de contenção, que pudesse barrar o avanço das chamas no caso de um incêndio. A pressão dos ecologistas impediu a limpeza e dias depois um incêndio matou 20 moradores de St. Andrews.

“Se os políticos pretendem linchar alguém para desviar as atenções da sua própria responsabilidade, não são os autores dos incêndios que devem ser pendurados em postes, mas sim os ambientalistas”, concluiu Miranda Levine.

SMH | 7NEWS | BREITBART | BRISBANE TIMES

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