ANÁLISES E PERSPECTIVAS PARA O ORIENTE MÉDIO E O MUNDO.
No dia 17 de dezembro do ano passado, o vendedor de frutas tunisiano Tarek al-Tayyib Muhammad ibn Bouazizi ateou fogo no próprio corpo, depois de postar um desabafo no Facebook. Órfão de pai e arrimo de família, Bouazizi não suportou ver seu carrinho de frutas confiscado por fiscais do governo e tomou a drástica decisão de se auto-imolar. 18 dias depois, no dia 4 de janeiro de 2011, faleceu no hospital da cidade de Ben Aros, na Tunísia.
Durante a quinzena em que esteve hospitalizado, uma silenciosa revolução digital começou através dos profiles da mesma rede social usada por Bouazizi para as suas despedidas. Algo em torno de 5.000 pessoas participaram do cortejo fúnebre de Bouazizi e a revolução saiu do Facebook para as ruas. De nada adiantaram a visita do Presidente Zine El Abidine Ben Ali ao hospital nem as promessas de lhe restituir o carro de frutas e o trabalho. 10 dias depois da morte de Bouazizi, Ben Ali era deposto.
A Revolução que começou no Facebook espalhou-se como rastilho de pólvora pelo Oriente Médio e à medida que avançou rumo ao fim do Inverno no hemisfério norte, foi poeticamente batizada de Primavera Árabe.
Como, a princípio, nada dizia respeito direto a Israel, tema sobre o qual venho me debruçando há décadas, limitei-me a ser um mero observador. Escrevo sobre Israel e não Oriente Médio. Só avanço em assuntos regionais quando estes imbricam com os interesses israelenses. E foi apenas por isso – e não por menosprezar o momento histórico que vivia – que vim a escrever o primeiro artigo apenas duas semanas depois. Com “Um (falso) Sonho de Liberdade”, publicado no dia 02 de fevereiro, comecei a série de cinco artigos onde abordei a forma como os israelenses já eram considerados “responsáveis” (sic) pela marcha dos acontecimentos e observações sobre o futuro das relações dos povos árabes com Israel.
O Egito está explodindo e a culpa é de Israel (02 de Fevereiro)
Ingenuidade, ignorância ou má fé? (04 de Fevereiro)
Festa em parte do Oriente Médio (11 de fevereiro)
O jogo continua (12 de fevereiro)
Presidente do Yemem acusa Israel pela instabilidade dos países árabes (01 de Março)
Bem vindos à realidade (09 de março)
Indagado sobre minhas opiniões pessoais, confessei francamente que não sabia onde as coisas iriam parar. E se, chegando lá, isso seria muito negativo ou extremamente negativo para Israel. Não há outra opção.
Depois de derrubar dois governos e levar um terceiro à guerra civil, a Primavera Árabe desestabilizou completamente o mundo árabe deixando dúvidas latentes até mesmo entre os mais experientes analistas internacionais.
De certo apenas uma coisa: O grande perdedor é Israel. Por quê? Porque, até agora, o grande ganhador é o Irã.
Para entender isso, compartilhamos aqui, com a devida autorização de copyright, a melhor análise feita até agora e publicada na revista Notícias de Israel. Portanto, Notícias de Sião e Notícias de Israel buscam, quase que simultaneamente, através do artigo de um especialista, trazer um pouco de luz para compreensão dos fatos que atualmente estão acontecendo no Oriente Médio.
A tarefa de tentar explicar o que está por vir coube a Michael Segall, um tenente-coronel das FDI (Forças de Defesa de Israel), que está atualmente na reserva. Segall é especialista em questões estratégicas, com enfoque no Irã, em terrorismo e no Oriente Médio.
Achamos de significativa importância que nosso próximo texto seja divulgado das mais diversas formas. Por isso, convocamos os leitores a enviarem os links, tanto do Notícias de Sião quanto do Notícias de Israel, para o maior número possível de pessoas. As redes sociais são ferramentas excelentes de divulgação. E se o Facebook foi capaz de desestabilizar uma região, por que não usá-lo para esclarecer aqueles que na dúvida estão?