
Há alguns meses, um homem caminhava pelo centro de Londres trajando uma camiseta que fazia referência às Forças de Defesa de Israel. Provavelmente um turista desavisado, que deve ter comprado a roupa numa das ruas de Jerusalém, onde dezenas de comerciantes vendem peças semelhantes, inclusive comerciantes árabes.
O turista foi cercado por uma horda de muçulmanos e só não foi linchado graças a pronta intervenção da polícia londrina. Ostentar símbolos judaicos ou vestir roupas alusivas a Israel pode ser perigoso em algumas cidades europeias.
Defender Israel, seu povo ou a cultura judaico-cristã pode ser um risco na Europa. Digo isso no momento em que me encontro há 13 dias bloqueado no Facebook. A censura me foi imposta por eu ter postado um comentário em defesa da liberdade cristã.
No comentário, lamentei as posturas anticristãs de uma deputada recém-eleita para a Assembleia da República, em Portugal. Resultado: O meu perfil bloqueado por 30 dias. Ainda faltam 17 para o desbloqueio. O irônico da situação, é que a tal deputada foi eleita pelo Partido Livre.

Mas, não é só na Europa que a cultura judaico-cristã está sob ataque. Nos EUA, um dos bastiões da liberdade, é cada vez mais difícil ser cristão, é cada vez mais complicado defender os valores cristãos e suas bases, ou seja, o judaísmo, Israel, o seu povo, a sua cultura, a sua Lei.
O último ataque aos defensores destes valores é uma demonstração clara e inequívoca do absurdo da situação.
Uma organização chamada Centro Sulista Para os Direitos dos Pobres (SPLC), incluiu o grupo de cristão Proclamando Justiça para as Nações numa lista denominada “Lista do Ódio”. Esta lista é uma relação de grupos e organismos considerados “propagadores do ódio” nos Estados Unidos.
Até aqui tudo bem. É positivo existir organizações, como este SPLC, que monitorem ações de ódio e que denunciem estas ações para as autoridades competentes. Mas, há algo nesta história que não faz sentido.
Atualmente, na “Lista do Ódio” da SPLC constam os nomes de 1.026 organizações reconhecidas por eles como “fontes promotoras do ódio”. Nesta lista estão grupos radicais históricos, como a Ku Klux Klan, os neonazistas e os skinheads; e grupos mais recentes, como os movimentos antigovernamentais e os neo-confederados.
Todos estes são realmente “fontes propagadoras do ódio” e devem ser denunciadas.
Mas, atenção: O tal Centro Sulista Para os Direitos dos Pobres inclui na sua lista todo o tipo de organização que emita comentários desfavoráveis aos praticantes do Islamismo ou a membros de comunidades LGBT.
Constam dessa lista 91 organizações consideradas (por eles) antimuçulmanas, 14 organizações amigas de Israel, 33 organizações cristãs diversas e 55 organização que não apoiam as causas LGBT. Destas 55, 15 são igrejas, 8 delas Batistas.
Quantas mesquitas estão na “Lista do Ódio”? NENHUMA!
Há grupos islâmicos a disseminar ódio nos EUA? Sim, para o Centro Sulista Para os Direitos dos Pobres, entre as 1.026 organizações ou grupos que fomentam o ódio nos EUA, existem 2 grupos islâmicos. APENAS DOIS!
Segundo a “Lista do Ódio” desta organização, os “muçulmanos não amorosos” dos Estados Unidos são uma pequena organização chamada As-Sabiqun, com sede em Washington DC (com filiais em Oakland, Filadélfia, Los Angeles, San Diego e Sacramento) e a minúscula associação Jamaat al-Muslimeen, de Baltimore.
O restante dos muçulmanos norte-americanos são um bando de cordeirinhos inofensivos que sofrem para se defender, pacificamente, de uma horda de cristãos enraivecidos.

O Centro Sulista Para os Direitos dos Pobres colocou o grupo Proclamando a Justiça na “Lista do Ódio” apenas por uma razão: Porque este grupo cristão apoia Israel contra o movimento Boicote, Desinvestimentos & Sanções.
Os ataques do Centro Sulista Para os Direitos dos Pobres não atingem apenas igrejas evangélicas ou grupos cristãos, como o Proclamando Justiça para as Nações, eles vão além. Atingem também grupos de defesa da família, da sociedade ocidental e dos valores judaico-cristãos, como o Conselho de Pesquisa da Família, o Centro de Política de Segurança e a Aliança Defendendo a Liberdade.
O triste é que este Centro Sulista Para os Direitos dos Pobres é considerado uma referência para jornalistas que buscam informações para reportagens sobre questões de preconceito e ódio nos EUA. E os mais preconceituosos são eles mesmos.
Por esta razão, enquanto movimentos e igrejas seriamente comprometidos com a erradicação do ódio têm dificuldades para sobreviver, este grupo consegue, com facilidade, levantar apoios por todo o país, sendo que apenas no ano passado conseguiu angariar US $ 132 milhões em doações. E observem que se trata de uma “organização sem fins lucrativos”.
Numa carta de repúdio, publicada nesta quarta-feira, 23, o grupo cristão Proclamando Justiça para as Nações lamentou estar sendo perseguido por suas posturas inabaláveis em defesa de Israel e do povo judeu na guerra que travam contra o antissemitismo.
O Justiça para as Nações aproveitou o comunicado para alertar os Estados Unidos quanto ao perigo de perder a próxima geração para estes grupos ideológicos. No passado, o assédio acontecia quando os jovens chegavam às universidades, mas agora a doutrinação está começando mais cedo, já dentro dos jardins de infância e escolas primárias.

Mas, o mais impressionante nesta história toda é que quando olhamos para as “bandeiras” defendidas pelo Centro Sulista Para os Direitos dos Pobres (imagem acima), nós vemos que no Oriente Médio, uma região repleta de muçulmanos, só há um país onde é possível encontrar tudo o que eles defendem. E este país é justamente aquele que eles atacam, este país é Israel.