Chuck Schumer, Senador e líder da minoria no Senado dos EUA, inicia sua turnê de divulgação do livro “Antisemitism in America: A Warning” (“Antissemitismo na América: Um Aviso”) com a preocupação de que protestos contra ele possam escalar para manifestações antissemitas. Pela primeira vez em sua carreira, Schumer teme que isso aconteça, após enfrentar forte reação de seus próprios correligionários democratas por apoiar um orçamento que corta programas de saúde e educação.
Em entrevista ao The New York Times, Schumer, o político judeu de maior destaque nos EUA, expressou a preocupação com o aumento do antissemitismo desde o ataque do Hamas em 7 de outubro. “Nunca vi nada como isso antes. O antissemitismo explodiu de forma aberta”, relatou. Ele lembra que, após o 11 de setembro, começaram a surgir teorias da conspiração antissemitas, mas nada tão impactante quanto os eventos de outubro.
Schumer criticou manifestações que confundem críticas a Israel com antissemitismo. “Criticar Israel não é antissemitismo, mas quando chamam um judeu de ‘sionista’, isso é antissemitismo”, disse. Ele também questionou o uso do termo “genocídio” em relação à guerra em Gaza, defendendo que o Hamas, com sua tática de usar civis como escudos humanos, é mais responsável por esse tipo de atrocidade.
O líder democrata ainda criticou a ONU, citando sua postura anti-Israel. Ele também comentou o uso do antissemitismo na retórica política de Donald Trump, que tentou afastar os judeus democratas com ataques agressivos.
Por fim, Schumer rejeitou a ideia de que os judeus estão se afastando do Partido Democrata, apesar das divisões internas sobre o apoio a Israel. “O judeu comum, que não é tão político, continuará sendo democrata”, afirmou, reafirmando seu compromisso com os valores progressistas do povo judeu.
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