Armas

TINHA ARMAS NO MARMARA?

“Sei que nessa guerra não tem ‘menino besta’. Sei também das artimanhas dos Palestinos para se fazerem de vítimas. Mas, me respondam uma coisa: Acharam armas nesses navios? Essa ação é justificada pelo que aconteceu com os dois soldados judeus que foram decapitados em 2000? Será verdade que o Éxercito de Israel apenas se defende?”

As perguntas acima foram postadas por um típico leitor tolo. Primeiro ele diz conhecer “as artimanhas dos palestinos” para depois, ingenuamente, perguntar se “havia armas” no navio turco Mavi Marmara. Até aqui vemos a ingenuidade do leitor. Mas, as duas outras indagações mostram o quanto é tolo e desinformado. Mesmo assim, pacientemente, vou-lhe responder.

Mas, antes gostaria de agradecer a contribuição que o leitor me deu. Ele afirma saber que os palestinos agem de forma criminosa e usou a palavra certa para definir o modus operandi deles: ARTIMANHA! Um bom dicionário define Artimanha como astúcia, ardil, fraude e dolo.

Astúcia é a “faculdade adquirida em enganar”; ardil é “plano para enganar alguém”; fraude é “um estratagema criado para obter ganhos pessoais” e a expressão dolo é aplicada quando uma pessoa se conduziu por vontade própria, ou seja, tinha realmente a intenção de praticar um crime. E é justamente por isso que se trata de uma expressão bastante utilizada no Direito Penal, pois versa sobre à vontade consciente da pessoa que pratica qualquer conduta criminosa. Ou seja, o próprio leitor, numa única palavra, ajudou-me a mostrar que ele defende o indefensável.

Não sei qual a idade deste internauta, mas se for adolescente, tem cura. A expressão adolescente tem a palavra “dolo” como raíz. Isso porque a adolescência é o período da vida em que a pessoa está adquirindo dolo, ou seja, a capacidade de decidir e se conduzir por suas decisões, podendo ser responsabilizada por suas condutas. Agora, ser for adulto, tem que estar atento, pois quem sabe que alguém é criminoso e o defende torna-se tão criminoso quanto ele.

Quanto às indagações, aí vão as respostas:

1. Acharam armas no Mavi Marmara? Bem, não sei o que este leitor encara como “arma”. Para mim, a arma mais poderosa à bordo do Marmara era a Sala de Imprensa, melhor equipada do que a maioria das redações dos jornais brasileiros. Mas, se ele se refere a armas letais, fisicamente falando, respondo: Acharam sim. Já publiquei uma matéria sobre isso, mas não custa nada repetir alguns detalhes. Vejam, na foto abaixo, uma parte do arsenal encontrado à bordo do “pacífico” navio de “ajuda humanitária”.

Li alguns comentários dizendo que estas não podem ser consideradas literalmente como armas, pois para algumas pessoas armas tem que ter cabo, cano e cuspir balas. Estes tolos não tem o menor conhecimento do grau de letalidade dos artefatos apreendidos no Marmara. Principalmente quando se encontram nas mãos de uma turba como a mostrada nas fotos abaixo.

Ok, se alguém acha que as armas apreendidas não são assim tão perigosas, sugiro que imagine-se encontrando pela frente com uma turba deste naipe armada com este tipo de brinquedinho. Só assim compreenderão o que os soldados israelenses encontraram ao entrar no Marmara.

Conversei com um soldado das Forças de Defesa de Israel e ele explicou-me alguns particularidades daquela ação. Embora não tenha participado da abordagem do navio, este soldado é amigo de um dos que lá estiveram e assegurou-me de que se trata dos melhores homens das FDI. Um grupo de elite, preparado fisicamente para, inclusive, apanhar. E isso leva à segunda pergunta postada pelo leitor:

2. Essa ação é justificada pelo que aconteceu com os dois soldados judeus que foram decapitados em 2000? Mas é claro! Qual é o exército, por mais idiota que seja, que entra numa batalha visando perder? Somente exércitos muito burros repetem seus próprios erros. Esteja certo de que as FDI jamais voltarão a perder soldados por repetição de ações defeituosas do passado. Isso é estupidez e, nesta guerra, os estúpidos se encontram no lado oposto.

3. Será verdade que o Éxercito de Israel apenas se defende? Bem, aponte UMA ÚNICA GUERRA que tenha sido INICIADA POR ISRAEL e eu escreverei um artigo sobre isso. Uma unicazinha. Enquanto isso, sou categórico na resposta: O Exército de Israel apenas se defende sim! Inclusive quando encher Teerã de bombas, será uma atitude defensiva. Afinal de contas, as agressões iranianas há muito são do conhecimento de todos.