Provavelmente você daria carona ao homem que se explodiu em ônibus matando quase uma dezena de pessoas.
HOMEM-BOMBA APARENTAVA SER UM INOFENSIVO TURISTA
Este é o suposto homem-bomba que explodiu-se dentro de um ônibus repleto de turistas israelenses no aeroporto de Burgas, na Buçgária. Trajando roupa típica de qualquer turista comum, o homem carregava em suas costas uma mochila nada turística. Esta época do ano é comum encontrarmos nos aeroportos, estações de trens ou de ônibus centenas de jovens como este, comuns, com roupas de verão e enormes mochilas às costas. Também é comum encontrá-los, aos grupos, pedalando bicicletas ou nos acostamentos das estradas pedindo carona. E não são poucos os europeus que estão dispostos a conduzí-los de uma cidade para outra ou até mesmo de um país para outro.
As informações ainda são reduzidas, mas entre os destroços foi encontrada uma carteira de motorista falsa, que, provavelmente, fazia parte da estratégia de imiscuir-se entre os turistas para facilitar a ação terrorista. Num primeiro momento, o FBI descartou a autenticidade do documento mostrando as discrepâncias entre a encontrada com uma original.
O homem alto, branco, com cabelos longos pode ser visto nas gravações por mais de uma hora e custa-se a crer que uma pessoa tão tranquila estivesse a ponto de provocar tanta destruição. Paciente e calmamente ele esperou o grupo de turistas israelenses chegarem e aproveitou a azáfama normal dos desembarques dos aviões e embarques nos ônibus para infiltra-se ao grupo.
O Ministro do Interior búlgaro Tsvetan Tsvetanov declarou na manhã desta quinta-feira: “Nós estabelecemos que havia uma pessoa que era um homem-bomba no ataque. Essa pessoa tinha uma carteira de motorista falsa dos Estados Unidos, do estado de Michigan. Ele se parecia com qualquer outra pessoa – uma pessoa normal com uma bermuda e uma mochila.”
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As forças especiais conseguiram obter amostras de DNA dos dedos do suicida e estão verificando o banco de dados da Interpol na tentativa de identificá-lo. O serviço de segurança local não havia sido alertado da possibilidade de que algum atentado estivesse para ocorrer em solo húngaro, embora as autoridades israelenses venham exaustivamente alertando seus cidadãos que a Bulgária, um tradicional destino de férias para muitos turistas israelenses, seja extremamente vulnerável à ataques de militantes islâmicos pela fragilidade das suas fronteiras, principalmente com a Turquia.
Tsvetanov confirmou a morte de oito pessoas, incluindo o motorista do ônibus, que era búlgaro, e o terrorista, cuja nacionalidade ainda é indefinida. Por seu lado, Israel confirmou até agora a morte de cinco israelenses. Nada se sabe sobre a oitava pessoa.
Os turistas haviam chegado na Bulgária em um voo charter de Israel e estavam no ônibus no estacionamento do aeroporto quando a explosão destruiu o teto do mesmo espalhando pedaços dos corpos pelo chão e pelos destroços do veículo.
O aeroporto permaneceu fechado até a manhã de hoje complicando os transportes nesta cidade búlgara que tem uma população na casa dos 200.000 habitantes e é um centro turístico com uma cadeia de resorts à beira-mar. Além do fechamento das áreas de embarque e desembarque do aeroporto, cerca de 100 turistas tiveram que esperar por seus aviões, pois as decolagens foram canceladas à partir do momento em que a bomba explodiu.
Para minimizar a situação, funcionários montaram tendas e banheiros portáteis para os viajantes e a sessão do Parlamento Búlgaro abriu com um minuto de silêncio em memória das vítimas.
O Ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, levando em conta a forma como a ação foi realizada, ligou o atentado ao governo de Teerã e ao grupo xiita libanês Hezbollah. Discursando como que tem segurança (e informações) sobre o que diz, Barak afirmou que “os executores diretos são pessoas do Hezbollah, que normalmente recebe apoio do Irã”..
Razões não faltam para tal acusação. Além das informações dos altamente qualificados serviços de segurança israelenses, a explosão segue o padrão do grupo terrorista e aconteceu justamente no dia em que Israel marcava os 18 anos do atentado à bomba na sede da principal organização judaica da Argentina, que matou 85 pessoas e cuja autoria foi atribuída, pelo governo argentino, a terroristas iranianos.
O Primeiro-Ministro israelense Benjamin Netanyahu disse que o Irã, arqui-inimigo do Estado de Israel, estava por trás do ataque e que “Israel vai reagir fortemente contra o terror iraniano.” Como era de se esperar, a Embaixada do Irã na Bulgária negou que seu país estivesse por trás do atentado.
Infelizmente o número de mortos pode subir, uma vez que as autoridades médicas disseram que duas das vítimas encontram-se gravemente feridas e foram levadas para hospitais na capital do país, Sófia. Uma mulher encontra-se na UTI com ferimentos na cabeça e no peito e um homem encontra-se em estado crítico com queimaduras que cobrem 55% do corpo.
Nesta quinta-feira, cerca de 30 turistas com ferimentos menos graves foram levados de volta para Israel.