Mulher exibe documento num posto de controle de fronteira
Uma mulher palestina feriu-se gravemente num atentado terrorista e exige que o governo israelense lhe pague uma cirurgia plástica de reconstituição do nariz.
O caso remonta ao ano de 2015, quando em três meses mais de 270 israelenses foram feridos em dezenas de ataques terroristas.
Num dos atentados, no dia 11 de outubro daquele ano, o subtenente Moshe Hen, agente de trânsito da Polícia Distrital de Samaria e Judeia, estava realizando uma abordagem de rotina, quando Asra’a Jabas, uma mulher palestina residente em Jerusalém, usando um lenço na cabeça e em atitude suspeita, se recusou a parar ou a apresentar documentos.
Diante da insistência do policial para que não se aproximasse sem se identificar, a mulher gritou “Allahu Akbar” e explodiu-se numa bola de fogo. A intensidade das chamas foi tamanha que acabou por atingir até mesmo o policial.
O atentado aconteceu no Posto de Controle de al Za’im, que fica 4 quilômetros à Leste da Universidade Hebraica de Jerusalém.
Além do balão de gás, o artefato usado para causar a explosão, o automóvel da palestina estava repleto de outras matérias explosivas, o que leva a crer que a intervenção do subtenente Moshe Hen frustrou um atentado terrorista que poderia ter ceifado muitas vidas.
Detida, Asra’a Jabas foi condenada a 11 anos de cadeia e na prisão passou por diversos procedimentos cirúrgicos que lhe salvaram a vida. Todo o tratamento foi pago pelo serviço prisional israelense.
O subtenente Moshe Hen, também ferido, recebe até hoje tratamentos médicos e psicológicos.
O subtenente Moshe Hen antes e depois do atentado
Sete anos depois do atentado, e a quatro de ser liberta, Asra’a Jabas exige agora das autoridades uma cirurgia plástica para a correção de imperfeições no nariz. O caso já passou pela Suprema Corte Israelense, que negou o pedido.
Numa entrevista para o Canal 12 de Israel, foi perguntado ao policial o que achava das exigências da terrorista. Moshe Hen respondeu: “Se eu não estivesse lá, muitas pessoas teriam se queimado. Recebi uma medalha de honra por isso, uma medalha por bravura. Mas sinto que não fiz nada mais do que a minha obrigação. E agora, essa terrorista quer fazer uma operação plástica!? Quer dizer que depois de cometer um crime, as pessoas vão para a cadeia, saem de lá com um diploma universitário e agora querem também sair lindas?! Quando penso nisso, fico estressado. Sofro de problemas pós-traumáticos e ouvir isso é muito difícil para mim. Havia quatro ônibus cheios de pessoas no local do atentado e o fogo [provocado pela palestina] atingiu uma altura de quatro andares. Muitas pessoas poderiam ter se queimado.”
Indignado, o policial concluiu dizendo: “Todo o povo de Israel é prejudicado por esses ataques terroristas, e após os atentados nós damos a eles uma cesta de medicamentos. Somos um país incrível, mas quando uma pessoa está na prisão por causa de um crime desses, um crime feito com a intenção de ferir israelenses, eu simplesmente não consigo entender como essa pessoa além de obter um diploma universitário, ainda queira receber tratamento cosmético.”
Indagado sobre a posição oficial, o Serviço Prisional de Israel respondeu: “O Serviço Prisional foi o responsável por negar o financiamento de um tratamento cosmético para a prisioneira. Enfatizamos que o Serviço Prisional é uma organização cumpridora da lei e que está sujeito às decisões legais e às leis do país, entre elas a exigência de fornecer tratamento médico a todos os reclusos que necessitem dos mesmos para a proteção da sua saúde. Todo recluso tem o direito legal de apresentar pedidos de outros procedimentos médicos. Se o fizer, os profissionais do Serviço Prisional analisarão a pertinência do pedido de acordo com nossos protocolos.”
Asra’a Jabas já recorreu. A estapafúrdia história continua.
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