TURISMO JUDAICO SEM TRADUTORES
Quem vai à Terra Santa volta mais amigo de Israel e admirador das coisas pertinentes à nação e ao seu povo. Volta mais apaixonado pelas histórias bíblicas e menos alienado em relação às questões do Oriente Médio. Quem vai a Israel volta Amigo de Sião.
![Judiaria de Belmonte](https://ndspost.com/wp-content/uploads/2011/08/judiaria-de-belmonte.jpg)
tendo ao fundo o Castelo da família do Descobridor do Brasil.
O BRASIL ESTÁ SE TORNANDO UM GRANDE EMISSOR DE TURISTAS
Roberto Kedoshim especial para o Cafetorah.com
Em 2010, 51 mil turistas brasileiros visitaram Israel. Não existe um levantamento pormenorizado do perfil deste turista, a que classe social pertence, qual o gasto médio per capita, que religião professa ou quantas vezes já visitou Israel. Provavelmente muitos destes turistas visitaram as terras de Abraão mais de uma vez. Há casos de quem o tenha feito até mesmo uma dezena de vezes. Há sempre algo a ser descoberto e indo apenas uma vez não se vê um décimo do que a Terra Santa tem a oferecer.
Não existem estatísticas a respeito dos dados acima mencionados, mas uma coisa é clara: A maioria esmagadora destes turistas não domina o idioma local, o Hebraico. E podemos constatar isso comparando outras pesquisas. Um levantamento recente apontou que apenas 18% dos trabalhadores brasileiros falam inglês. Se levarmos em consideração a tradição brasileira de interpretar mímica como parte do idioma, podemos inferir que este número é bem inferior. O depoimento do responsável pela pesquisa é um bom indicativo desta inferência: “Canso de receber currículos em que candidatos afirmam falar inglês intermediário, mas que, quando convocados para uma entrevista, desconversam e dizem que entendem, mas não falam”.
As dificuldades dos brasileiros no exterior não se limitam a países cujo idioma é completamente diferente da língua mater, como a China, a Rússia ou a Polônia. Mesmo no berço da língua portuguesa e dentro de uma instituição que, em tese, deveria congregar pessoas de notório saber, a Universidade de Coimbra, as coisas não andam. O cientista português Boaventura Souza Santos, disse numa palestra na UnB que os estudantes brasileiros são os que menos dominam o inglês na Europa. Segundo Souza Santos, 75% dos seus alunos são brasileiros e tem participação limitada nas atividades, uma vez que os projetos do seu centro de pesquisa são redigidos sempre em língua inglesa.
Em relação à pesquisa anteriormente citada, a mesma constatou que apenas 3% dos entrevistados admitiram falar mais de três idiomas. Quanto ao Hebraico, é bem possível que se possam colocar dois zeros antes da vírgula de qualquer número levantado.
Acontece que existem intérpretes e estes estão sempre prontos a socorrer, desde que lhes paguem, evidentemente. E o turista brasileiro é generoso na hora de gastar no exterior. No primeiro semestre deste ano, abriram a carteira e deixaram a estratosférica soma de US$ 10,18 bilhões nas suas viagens de turismo. O número, por extenso, impressiona: Dez bilhões e cento e oitenta milhões de Dólares!
Uma população continental, com poder de compra em crescimento e ávida por viajar, tem recebido dos operadores turísticos a mais cuidadosa das atenções. Mas o desconhecimento da língua inglesa continua a ser um enorme empecilho para estes turistas.
E é justamente aí que, no que diz respeito ao Turismo voltado para a Terra Santa, alguns fatores importantíssimos convergem e deveriam receber maior atenção por parte dos executivos que atuam na área de Turismo.
Primeiro – e não necessariamente na ordem de relevância – é necessário que se criem novos roteiros para os grupos que desejam visitar Israel. É claro que o “pacote standard”, envolvendo a Itália e o Egito, continuará sendo o campeão de vendas, mas os turistas que já fizeram o percurso várias vezes começam a ter seu interesse esgarçado.
Outra coisa importante é que se analisem melhor os nichos deste mercado. Segundo matéria publicada no PLETZ, o maior portal judaico brasileiro, 75% dos 1,6 mi de turistas brasileiros não judeus que visitaram Israel em 2010 eram evangélicos. E muitos destes turistas abririam mão de algumas partes dos roteiros tradicionais se lhes fosse dada esta opção.
Outra coisa que está faltando aos executivos deste tipo de Turismo é perscrutar melhor o seu público, as suas motivações. O turista que visita a Inglaterra ou a França, por exemplo, não o faz por amor à rainha nem tampouco motivado pelos ideais de igualdade, fraternidade e liberdade. Ele o faz porque quer ver o Big Ben e a Torre Eiffel. E nem voltam ao Brasil tomando chá as cinco da tarde ou comendo brioche. Ou seja, percorrer estes roteiros apenas e tão somente enriquecerá sua participação nas rodas de amigos. Já o turista que visita Israel vai motivado por sua fé. O que atrai na Terra Santa não pode ser materializado. Por mais fotos que tire tendo Jerusalém por moldura e por mais detalhes que dê a seus amigos sobre como é estar junto ao Muro das Lamentações, estes turistas não conseguem exprimir o verdadeiro impacto que a viagem lhes causou. E é por isso que voltam, e voltam, e voltam.
E entra aí um detalhe importantíssimo que está passando ao largo das análises dos executivos do Turismo: Quem vai à Terra Santa volta mais amigo de Israel e admirador das coisas pertinentes à nação e ao seu povo. Volta mais apaixonado pelas histórias bíblicas e menos alienado em relação às questões do Oriente Médio. Quem vai a Israel volta Amigo de Sião.
E neste despertar para as coisas judaicas, o Turista que visita Israel acaba por interessar-se em conhecer mais a história do seu povo e assim descobre que esta história ultrapassa as fronteiras dos exíguos 22 mil km² que compõem suas fronteiras. A História do Povo Hebreu espalha-se pelos mais improváveis rincões em todo o mundo.
E é justamente aí que tudo converge para um destino ainda pouco explorado pelos turistas brasileiros: Portugal.
![Judiaria da Guarda](https://ndspost.com/wp-content/uploads/2011/08/judiaria-da-guarda.jpg)
Um bom roteiro turístico para Israel pode começar por Portugal.
Nas próximas reportagens estaremos nos debruçando sobre a História dos Judeus Sefardistas e sua passagem pela Península Ibérica. Falaremos sobre a fascinante Serra da Estrela e suas Judiarias centenárias, importantíssimas para a compreensão do que foi a vida na Diáspora.
Talvez esta seqüência de artigos venha a despertar os operadores turísticos para este grande filão a ser explorado e que está tão próximo do povo brasileiro. É bem provável que uma escala em Portugal desperte muito mais interesse nos potenciais clientes que gostariam de visitar a Terra Santa, do que estadas em roteiros batidos do centro europeu. Conhecer vilas e aldeias onde viveram muitos judeus na Diáspora será muito mais gratificante para os Amigos de Sião do que estar em locais de onde os judeus foram expulsos e quase nada deles ficou.
Os turistas brasileiros têm diante de si a oportunidade de descobrir uma região, onde não há a necessidade de Vistos especiais para viagem, os preços são módicos, a neve generosa no inverno e, principalmente, não há a necessidade de intérpretes para dirimir suas dúvidas. Afinal de contas, na Serra da Estrela o Judaísmo se expressa em Português.
VISITE PORTUGAL
Amei esta reportagem e tantas outras também, Roberto. Acompanho no Cafetorah também suas publicações. É com muita alegria que a gente as recebe . Que sua recuperação física seja PLENA NO SENHOR YESHUA HA MASHIACH. O Eterno abençoe você e sua rica Família com muitas Bençãos!!
Atenciosamente,
Maria Lucia e Familia
Obrigada pelas palavras, Maria Lúcia. Estes dias tenho estado com Reinhold Federolf (no Brasil) e sei que a Chamada tem um grupo preparado para visitar Israel no início do ano que vem. Nossa igreja também irá com outro grupo. Os roteiros terão as clássicas e consagradas escalas europeias. Espero, um dia, ver grupos com destino à Terra Santa pousando em Portugal. Há muito o que se ver na Europa em relação à passagem dos Judeus, principalmente na Península Ibérica. E com a vantagem de que as informações estão acessíveis na nossa língua. Sou grato pela assiduidade com que acessas o nosso blog. E fico feliz que esteja nos acompanhando também no Cafetorah. Atualmente sou o correspondente deles na Europa.
Shalom u’brachá. Primeiro quero parabeliza-lo pelo excelente artigo: Festival da Memória Sefaradita. Poucas pessoas tinham conhecimento deste assunto, ou calavam-se pelo trauma das perseguições da inquisição. Hoje nesta nova aurora, tenho certeza que é a revelação do Santo d´Israel nestes últimos dias para o retorno do Messias e Sua Redenção. O ajuntamento de seu povo, ás 10 tribos perdidas d´Israel (Efraim). Este assunto começa vir a tona aqui no Brasil e no mundo, que é a questão do judeu b’nei anussim ou judeu sefaradita. Eu estive recentemente, agora nos dias 05,06 e 07 de agosto na 1a Conferência dos B’nei Anussim em Belo Horizonte http://congressoanussim.com/ se é assim que podemos ser denominados. E foram abordados muitos assuntos importantes, dentre eles: Os Anussim Messiânicos: processo de restauração e Alyah, Histórico da Inquisição Luso-Brasileira, Os aspectos proféticos e escatalógicos da restauração dos anussim, Os Anussim e a fé em Yeshua. Neste último, foi indagado o porquê que o governo d’Israel, na pessoa do primeiro ministro, Sr. Benjamin Netanyahu, que fez declarações na Onu dizendo que: “Israel é um país democrático”, mas o que se persebe na realidade só são em palavras e letras, porquê na realidade há uma discriminação contra o judeu que se declara ter fé e seguir o Messias Yeshua. Em Israel você pode ser ateu, cristão ou qualquer outra religião, pode declarar que qualquer um(?) é o Messias, sem poblema algum com as autoridades, mas se declarar ser judeu messiânico e seguir Yeshua, se prepare para a perseguição. Você já é barrado no ato de entrada no país, se não souber explicar a situação de sua fé e motivo de estadia. Talvez a inquisição tenha acabado aqui em solo brasileiro, mas temos visto este resquício se repetir em solo israelense, uma vez que se exige de uma pessoa que quer fazer a sua Alyah, que negue a sua fé e se converta ao judaismo formal d’Israel. Meu amigo e irmão Roberto, quero mais uma vez parabenizá-lo por este assunto tão doloroso e da mesma forma glorioso para a nossa gente, que é: A Memória Sefaradita. Quem for a fundo nesta história, vai por si só se responder, do porquê que muitos brasileiros e povos de outras nações tem este amor e identificação com Israel e vão e fazem visitas e mais visitas e não se cansam, parece que em seu íntimo alguma coisa os liga aquele povo, a sua cultura e a sua terra. “Benditos sejam seus filhos ó Israel!” “Tomar-vos-ei de entre as nações, e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra. Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis. Habitareis na terra que eu dei a vossos pais; vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso D’us.” Yechezk´el/Ez 36:24-28. “Aquele que dispersou Israel o reunirá, como um pastor reune seu rebanho, e Efraim é o seu primogênito.”Yirmeyahu/Jer 31:8-10. Caloroso abraço no Mashiach Yeshua!
Shalom Alessandro. Obrigado pelas observações. Estive presente, no ano passado, na 1a Conferência Internacional dos B’nei Anussim em Castelo de Vide, Portugal. Ali, bem ao lado de uma antiga Judiaria, conversamos sobre as mesmas questões. No museu local (uma antiga Sinagoga) vi um enorme painel, ilustrado com um padre sorridente tendo atrás de si as chamas de um fogaréu. Considerei a tal “instalação” não só uma peça de mau gosto como um acinte à memória dos Anussim. Oportunamente escreverei uma matéria sobre isso (B’H). Este caso é um exemplo clássico para compreendermos a postura de Israel quando trata da questão dos Anussim Messiânicos As autoridades têm uma dificuldade enorme em “descolar” o Cristianismo real, da Brit Hadashah, do pseudo cristianismo que pulula em todo o mundo. Saiba que o mesmo acontece em Israel em relação aos Sabras Messiânicos. Mas, o Governo israelense pouco a pouco está a perceber que existem diferenças substanciais entre o Messiânico verdadeiro e as imitações genéricas que encontramos por aí. Reconheço que o caminho é longo, árduo, difícil, mas não intransponível. Uma vez mais, obrigado pelo vosso apoio. Que O ETERNO continue a abençoar os Anussim brasileiros.
Shalom Roberto!
Como vc está brother? Estou àvido por news de Jerusalem, espero notícias
Fica com a benção do nosso Poderoso Pai!
Shalom, Rogério. Estou no Brasil. Agenda lotadíssima. A viagem de volta está marcada para sábado, 17 de setembro. Aguarde novidades. Grande abraço.
Gostaria de sua opinião sobre este movimento:
https://secure.avaaz.org/po/time_for_palestine/?cl=1263750713&v=10200
Mais uma forma de extorquir tolos. Não tenho dúvidas de que as lideranças árabes uma vez mais encherão os bolsos com o dinheiro dos incautos, enquanto seu povo continuará a padecer das mais básicas necessidades. Cegueira mundial.