ESTAMOS CRIANDO MONSTROS?

No sentido intrínseco da palavra, tenho mais de três décadas de “magistério”. De catequista no final dos anos 70 a professor de formação profissional por 18 anos tive oportunidade de ensinar nos mais diversos ambientes educacionais. Das salas de EBD às salas de Seminários, de grupos escolares a grupos de ativistas sociais, de grupos conservadores a grupos dos mais progressistas.
Em diversas das minhas aulas inaugurais utilizei a foto acima, um registro histórico que me intriga desde que a vi pela primeira vez. Trata-se da classe da 4ª Série de uma escola da cidade de Leonding, na Áustria, no início do século XX. Não sei quem é o professor nem tampouco 44 dos 45 alunos fotografados. Mas o aluno que aparece imponente, no alto, no centro, acima de tudo e todos é nada mais nada menos que Adolf Hitler.
A foto, posada, planejada para ter um componente estético impecável, colocava, como numa previsão do que estava por vir, o jovem Hitler no topo do grupo.
Fico a imaginar o estupor do professor, anos mais tarde, ao perceber que um dos seus alunos se tornara o maior facínora da história. Teria ele feito uma auto-avaliação do seu ensino, das suas palavras, para saber se o jovem teria outra orientação se ele tivesse dado ênfase nesta ou naquela questão? Teria ele se arrependido de ter infundido exacerbadamente o espírito de liderança nos seus jovens pupilos?
Estes reflexões me levam a outra foto, tirada poucos anos depois em uma realschule (escola secundária) de Linz, sede do Distrito onde fica Leonding. Nela, a menos de um metro do futuro ditador, encontra-se um jovem judeu que viria a revolucionar o estudo da filosofia: Ludwig Wittgenstein.

O que leva dois jovens, submetidos à mesma educação, a tomarem rumos tão distintos em suas vidas? Que influência teria (ou poderia ter tido) os mestres em suas vidas?
Na aplicação que eu fazia junto aos meus alunos, quando lhes apresentava esta história, eu dizia que me empenharia ao máximo para passar-lhes a melhor educação. O que eles iriam posteriormente fazer com os conhecimentos adquiridos era responsabilidade deles.
Hoje, com o avanço das comunicações, volta e meia recebo e-mails de ex-alunos. Alguns me enchem de orgulho, outros de preocupação e outros, ainda, não me dizem nada. Quanto a mim, sei que fiz o meu papel.
EM ENTREVISTA, RENÉ SIMÕES FALA SOBRE NEYMAR
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No momento em que no nosso país comemoramos o Dia das Crianças (12 de Outubro), o título desta matéria acrescenta interrogação numa frase do técnico de futebol René Simões: “Estamos criando monstros?”
A frase foi dita em meio a uma entrevista desabafo logo depois de mais uma violenta demonstração de má educação do jogador Neimar, atacante do Santos. Inconformado com as cenas protagonizadas pelo jogador, Simões foi duro: “Estou extremamente decepcionado. Estou desde garoto no futebol e poucas vezes vi alguém tão mal-educado desportivamente. Sempre trabalhei com jovens e nunca vi nada assim. Está na hora de alguém educar esse rapaz, ou vamos criar um monstro. Estamos criando um monstro no futebol brasileiro”.
Uma ironia cerca esta história. Neimar veste a mitológica camisa 10 do mitológico Santos Futebol Clube. Esta camisa e este clube foram, um dia, defendidos por Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. Quando Pelé era jovem como Neimar, serviu compulsoriamente ao Exército Brasileiro. A essa altura, Pelé já era campeão mundial de futebol e, claro, os comandantes do quartel onde serviam logo o destacaram para jogar na Seleção do Exército.
Em um jogo contra a Seleção do Exército Argentino (novamente los hermanos), Pelé não agüentou a provocação de um zagueiro e retribuiu uma agressão. Foram expulsos os dois. Os comandantes do quartel chamaram o Pelé e aplicaram-lhe uma ação disciplinar complementar. Eles não podiam admitir indisciplina de um soldado. Mesmo que este fosse a estrela que era. Mais do que a disciplina, o comandante aconselhou o Pelé a reagir às provocações com arte. “Você é muito habilidoso”, disse-lhe o comandante, “quando alguém lhe provocar, dribla-o”, concluiu. O resto é história.
Mais de meio século separam os episódios envolvendo mesmo clube e mesma camisa. Os tempos são outros, as crianças estão a dar as cartas e nós, estupefatos como Simões, ficamos a nos perguntar: Estamos criando monstros?
Charles Swindoll, no excelente livro “Você e seu filho” faz uma observação mais que oportuna: “O problema da educação nos dias de hoje”, diz Swindoll, “é que os professores têm medo dos diretores; os diretores têm medo dos conselhos escolares; os conselhos escolares têm medo dos pais; os pais têm medo dos filhos e os filhos não têm medo de ninguém!” Chocante constatação.
Um dia desses protagonizei, involuntariamente, um episódio para mim assustador. Estacionava meu carro ao lado de uma escola numa grande cidade portuguesa quando percebi uma situação anormal no pátio. Uma criança, visivelmente assustada, corria em direção a uma árvore que estava próxima do meu carro. Com uma agilidade típica de quem luta pela própria sobrevivência, o garoto de aproximadamente 10 anos, escalou rapidamente os galhos instalando-se no alto da árvore. Ao seu encalço corriam uma malta de crianças, quase todas da mesma faixa etária. O mais alto deles alcançou o “fugitivo” e puxou-o para baixo colocando-o no meio de uma roda de alunos a gritarem por briga. Assustado, o garoto passou a ser alvo de murros e pontapés por parte de outro aluno.
Tentei impedir o ato, mas sem sucesso. Peguei então minha máquina e simulei tirar fotografias. Subitamente o indefeso aluno deixou de ser o alvo das atenções e eu passei a ser o vilão. A turba voltou-se contra mim: Quem eu era? Por que estava fotografando? O que eu queria com aquilo?
Duas coisas me surpreenderam nas cenas que se seguiram. Primeiro, o tremendo conhecimento que aqueles alunos tinham dos seus “direitos”: Eu não podia fotografá-los; aquilo era invasão de privacidade e o que eles estavam fazendo não era, como eu acusava, a prática do tipo de violência escolar que se convencionou chamar de bullying. Didaticamente, um garoto de aproximadamente 12 anos me explicou: “Para se caracterizar o bullying, as agressões precisavam ser contínuas ao longo de meses e o que nós estamos incentivando é apenas uma briga de pátio”.
Independentemente da hermenêutica explicação do menino, o surpreendente foi ver a forma como aquelas crianças estavam preparadas “legalmente” para o enfrentamento com um adulto. Sinto não poder ter tido a liberdade de filmar as cenas. Como jornalista free-lance em Portugal, conheço minhas limitações legais e jamais ousaria quebrar tais regras. Inclusive não fiz nenhum registro fotográfico do incidente. Mas que o episódio foi de assustar, foi. E se tratava apenas de crianças!
A segunda coisa que me surpreendeu no episódio acima foi a atitude de uma servidora da escola. Ao ver a movimentação junto à grade que separava o pátio da rua, ela encaminhou-se rapidamente para onde estávamos. Em meio aos gritos dos alunos a me acusarem de estar fotografando o pátio de escola, o que é crime, a servidora pouca atenção deu às minhas palavras. Tentei explicar como as coisas começaram e até mesmo lhe mostrar como não havia fotos na máquina, mas de nada adiantaram meus rogos. Sem olhar diretamente, a servidora apenas dizia que eu deveria entrar na escola e “me explicar para a direção”.
Não há palavras para descrever o que passei. Ali estava eu, um cidadão indignado contra a violência, sendo tratado como alguém perigoso. Parecia que estavam a lidar com um pedófilo a espreitar crianças no pátio de uma escola. E olha que eu estava acompanhado da minha filha de 9 anos e do meu filho de 5. Ambos assustadíssimos com o desenrolar dos acontecimentos.
O ponto positivo deste episódio todo foi a atenção que recebi da Direção da Escola. Uma senhora muito distinta me recebeu, esclarecemos os fatos e deixei, confesso que extremamente entristecido, aquela escola.
Ao longo do dia foi difícil para mim digerir as imagens que vinham o tempo todo à minha mente. Os alunos anotando a matrícula (placa) do meu carro e ameaçando-me de denúncia na GNR (Guarda Nacional Republicana). A servidora a evitar olhar para mim, limitando-se a dizer que eu devia explicações à direção da escola. Os rostos, tão lindos, daquelas crianças com olhares crispados para minha família. Confesso que as imagens demoraram a se dissipar na minha mente.
Embora magoado pela falta de atenção que recebi da servidora que presenciou a cena, eu não a culpo. Na verdade, cheguei a ter compaixão por ela. Lembrei-me da frase de Swindoll: “Os professores têm medo dos diretores; os diretores, dos conselhos; os conselhos, dos pais; os pais, dos filhos e os filhos… de ninguém!”
O que ajudou no meu processo de “cura” destas mágoas foi a lucidez da Diretora. Uma lufada de esperança em meio a um cenário tão escuro. E creio que o que ainda mantém as coisas em certo equilíbrio é a sensatez de pessoas como esta diretora. Só sinto não poder citá-la, pois não gostaria de expor sua escola que não tem culpa alguma no episódio em questão. Muito pelo contrário, até onde pude pesquisar, trata-se de uma escola exemplar em todo Portugal.
O QUE FAZER PARA NÃO SE CRIAR MONSTROS
Desde então uma interrogação me acompanha: O que podemos fazer para evitar que as coisas degringolem ainda mais?
Não sou especialista em educação infantil. Meus anos de professor foram dedicados aos adultos. O fato de eu ter dois filhos, paradoxalmente, não me credencia a nada em relação à educação de filhos dos outros. Swindoll cita outra frase lapidar no seu bom livro: “Quando não era pai eu tinha três teorias perfeitas para a educação de filhos. Hoje, tenho três filhos e nenhuma teoria!”.
Não é fácil educar crianças. Conheci uma mãe que no alto da sua experiência com uma única filha achava-se no direito de dar “sugestões disciplinares” para todas as mães com quem conversava. Tudo ia bem até que ela teve outra filha completamente oposta à primogênita. Nunca mais aconselhou ninguém!
Como este BLOG tem como ênfase mostrar um Israel que você não está acostumado a ver na mídia, aproveito o tema e a data para compartilhar coisas que me encantaram em Israel.
Em relação à educação de crianças, Israel é uma nação ímpar. Se existe um país onde verdadeiramente há uma Cultura de Paz nas Escolas, este país é Israel. As crianças são acostumadas a, desde a mais tenra idade, desenvolver um espírito de paz.
Ao lado do nosso apartamento, em Hod HaSharon, havia uma escola e no caminho até a cidade vizinha, Kfar Saba, trajeto que sempre gostei de fazer à pé, há um corredor de escolas infantis. Dia após dia eu me deliciava em ver as crianças nas brincadeiras de pátio e os trabalhos que eram expostos nos muros e cercas destas escolas. É claro que há bullying em Israel, mas estejam certos de que em menor escala do que em muitos países do mundo.
Outra coisa que chama a atenção é a profunda noção que os israelenses têm das limitações das crianças. Até onde pude perceber, não há em Israel esta questão de “adultizar” uma criança antes do tempo. Talvez por estar entranhado na sua cultura hábitos e rituais como o Bar e Bat Mitzvah, que delimita uma idade cronológica (13 anos para os meninos e 12 para as meninas) para que as crianças usufruam de certas, digamos, liberdades.
No geral, criança é tratada como crianças. Principalmente nos seus limites. E estes chegam a extremos. Você dificilmente vê uma criança sem cinto e cadeirinha nos carros e os pais, via de regra, exigem que estas crianças ao descer do carro o façam pelo lado da calçada. E nos elevadores é comum encontrar avisos dizendo que crianças abaixo de 14 anos não podem tomar o elevador sozinhas. Os israelenses estão conscientes de que crianças não têm maturidade para agir sozinhas em situações de perigo.
E não adianta virem os “especialistas” dizendo que isso tolhe ou compromete a independência e o aprendizado das crianças. Com todas as “redomas” que são colocadas em torno das crianças judias, isso não tem representado barreira nenhuma ao seu desenvolvimento intelectual. Basta olhar o número de Prêmios Nobel que os judeus receberam ao longo da história.
Em entrevista à jornalista Renata Malkes, de O Globo , o presidente israelense, Shimon Peres foi perfeito ao explicar porque nos confrontos morrem mais crianças árabes que israelenses.
“Muitos lembram que houve mais crianças palestinas mortas que israelenses”, disse Peres. “Sabem por quê? Porque nós protegemos nossas crianças e eles usam suas crianças para se proteger. Nós construímos abrigos para as crianças e eles usam as crianças como escudo.”
A TRISTE REALIDADE DAS CRIANÇAS PALESTINAS MANIPULADAS POR LIDERANÇAS INESCRUPULOSAS E PAIS CONIVENTES
O cuidado dos judeus com suas crianças está claro no dia a dia da Terra Santa. No outro lado da sociedade israelense encontram-se as “desprotegidas” crianças árabes. E não venham atribuir esta “desproteção” aos judeus que isso não faz o menor sentido. Na verdade, as crianças árabes além de expostas à violência são ainda, sistematicamente, estimuladas à violência.

Minhas primeiras experiências caminhando por bairros de maioria muçulmana foram bastante desagradáveis. Num deles, do alto de um muro, crianças apontavam armas de brinquedo para mim. A cena era bem diferente das inocentes brincadeiras de mocinho-e-bandido que estamos acostumados a ver entre crianças ocidentais. Os olhares que me fitavam e a simulação de atingirem-me com disparos pouco tinham de brincadeiras infantis. Em outro bairro, fui cercado por outras crianças, também portando armas de brinquedo, e o clima só amenizou quando lhes disse que era brasileiro. Passamos então a falar do Ronaldinho e eles “baixaram as armas”.
Os episódios acima citados aconteceram em bairros onde um ocidental como eu é considerado “estrangeiro”, Mas, não pensem que isso se limita a estas regiões. Foi no coração de uma das cidades mais judaicas de Israel que eu presenciei uma triste cena.

Estava com minha família no Parque Municipal de Raanana, cidade conhecida como A Jóia do Sharon, quando este foi tomado por um grupo de crianças palestinas. Acompanhados de suas respectivas professoras, desfrutavam de um alegre dia no parque.
Duas coisas chamaram minha atenção. Primeiro: Quando encontramos grupos semelhantes, só que de crianças judias, além dos professores, os alunos são acompanhados por soldados fortemente armados. Eles estão lá para proteger as crianças israelenses. Isso porque grupos de estudantes foram diversas vezes atacados por terroristas árabes. Agora, quando os palestinos estão desfrutando dos parques públicos israelenses eles podem fazer com toda segurança, sem respaldo de forças armadas, pois estão conscientes de que o Estado de Israel os protegerá!
A segunda coisa que me chamou a atenção foram as “brincadeiras” das crianças palestinas. Não posso dizer nada das músicas cantadas pelas professoras, pois não entendo nada de árabe. Mas as “brincadeiras” eram assustadoras. Crianças com réplicas de fuzis, atirando-se mutuamente e – absurdo dos absurdos – posando com cigarros e armas fictícias para que suas orgulhosas mães os fotografassem nas clássicas poses dos terroristas suicidas do Hamas.

De tudo que vi em relação à educação em Israel, nada me chamou mais a atenção do que a história do “Livro Dourado”, o “caderno de Religião” das crianças judias. Em Israel, como em qualquer nação civilizada do mundo, as escolas obedecem a um currículo. Este currículo engloba o estudo da matemática, geografia, biologia, química, física, etc. E, como em muitas escolas, estuda-se também religião. Que em Israel amalgama-se com a disciplina de História.
Estudar História em Israel é algo ímpar! É uma experiência que criança nenhuma, em nenhum outro lugar do mundo, pode vivenciar. Por exemplo: Ao se aproximar o 24º dia do mês judaico de Kislev, uma professora de Modi’in pode abrir a janela da sua classe, apontar para um monte e observar: “Dali vierem os irmãos Macabeus!” E então passar-lhes a explicar a maravilhosa história do Chanukah, festa tão significativa para os judeus e que também acabou por influenciar o hábito cristão de transformar o Natal na profusão de luzes que é até os dias de hoje.
Os estudantes judeus levam tão a sério o estudo da Religião que destacam este material didático dos demais livros. Além de manusear este material com respeito e carinho, os estudantes têm o hábito de encapar estes cadernos com papéis laminados cor de ouro, o que resulta no título de “O Livro Dourado”.
Num momento em que a humanidade pasma assustada diante de tanto descalabro vindo praticamente dos berçários infantis, nada é mais apropriado que, no Dia das Crianças, nós olharmos para a Israel e aprendermos com a forma que eles lidam com suas crianças. Mesmo diante de tanta adversidade, tanta perseguição e ataques, Israel investe, literalmente, na saúde física, intelectual, cultural e religiosa das suas crianças.

Voltando ao exemplo inicial desta matéria, retomemos as reflexões sobre a foto da classe de Hitler e Wittgenstein: Duas crianças se submeteram à mesma educação escolar e ao mesmo mestre e, mesmo assim, tomaram rumos diametralmente opostos em suas vidas. Ao que tudo indica, foi a educação e a disciplina familiar das duas crianças a marca fundamental entre dois destinos tão distintos.

Portanto, não importa se nossos filhos estão estudando numa periférica classe brasileira ou numa sofisticada escola européia, ambos estarão expostos às mesmas inesperadas experiências educacionais.
Para não criarmos monstros, compete a nós, pais conscienciosos, impormos aos nossos filhos uma educação e disciplina que os transformem em homens e mulheres de bem, pessoas das quais a humanidade venha a se orgulhar. E não em parasitas, daquelas que não agregam nada na vida das pessoas por quem elas passam.
não sei a pretensão da postagem,pois NÃO LI.
EU SÓ PERCEBO QUE OS COLUNISTAS TENTAM
LEGITIMAR A QUALQUER CUSTO AS ARBITRARIEDADES QUE ISRAEL VEM COMENTENDO AO LONGO DE SEUS 60 ANOS DE TERRORISMO.AO CRITICAR OS CRIMES DE ISRAEL,BAIXA EM QUQLQUER SIONISTA UMA SÍNDROME DE DÍVIDA HISTÓRICA.
MAS APESAQR DA CRÍTICA,TENTO LER COM IMPARCIALIDADE AS NOTÍCIAS DESTE SIT.,POIS GOSTO DE ACOMPANHAR AS NOTÍCIAS DO ORIENTE MÉDIO.
Shalom, Anderson. Obrigado pela sua fidelidade na leitura dos meus artigos. Sugiro que leia o post, embora longo. Lendo você perceberá que não tenho por objetivo “legitimar arbitrariedades”, mas sim revelar aspectos do cotidiano israelense que dificilmente vemos nas páginas dos jornais, revistas ou web-sites. Antes de morar em Israel eu jamais imaginei, por exemplo, que os palestinos eram tão protegidos, tão respeitados e tão bem tratados quanto pude perceber quando cheguei em Israel. Como já tinha amigos morando na Terra Santa, na troca de correspondências e impressões, eu já imaginava que as coisas não eram bem como a mídia passava.
Quando cheguei a Israel pela primeira vez percebi claramente que precisava encontrar uma forma de mostrar ao mundo (principalmente ao meu país) os fatos que estava a presenciar. Por isso, quando me mudei para Israel tratei logo de munir-me de uma câmera e do PC para registrar e compartilhar todas as coisas boas que Israel tem e que não é divulgado. Foi assim que nasceu este blog.
Israel tem problemas? Evidentemente. Há israelenses corruptos? Sem dúvidas. Policiais israelitas cometem excessos? Algumas vezes. Quando algumas destas coisas acontecem, a mídia magistralmente se encarrega de propagar imagens e sons de todas as formas que podem. Portanto, disso o meu blog não se ocupa. Deixo para quem já faz isso aos borbotões. Agora, quando um político corrupto é severamente punido, eu procuro mostrar como Israel lida com a coisa pública. Quando um policial é condenado por excessos cometidos contra civis, eu procuro mostrar que em Israel ninguém está acima ou abaixo da Lei. Quando o direito de quem tem direito (e respeita os direitos) não é observado e o Governo de Israel pune quem não cumpriu esta ou aquela lei, eu divulgo isso ao mundo.
Posso errar? Evidentemente. Sou humano. Mas, se isso vier a acontecer, esteja certo de que serei o primeiro a reconsiderar o que foi dito. É esta cautela, base jornalística por mim observada, que faz com que passemos, eu e minha revisora, por um severo crivo todas as notícias aqui publicadas. Isso porque em relação às Notícias que transmitimos de Sião, somos obrigados a não errar, pois se o fizermos nossos adversários aproveitarão cada detalhe da falha para construir em cima delas toda sorte de mentiras e acusações.
Convido-o a conhecer as demais matérias publicadas anteriormente. Principalmente aquelas que falam sobre o cotidiano em Israel. Não tenho por objetivo “converter” ninguém a “defensor de Israel”, como eu mesmo me identifico, mas espero que os leitores antipatizantes de Israel que porventura sejam leitores deste blog repensem suas antipatias à luz dos fatos aqui provados.
Se conseguir esse intento, o meu blog terá atingido seus objetivos. Afinal de contas, como diz nosso slogam, Israel é bem mais do que as pessoas estão acostumadas a ver, ler ou ouvir.
O meu desejo é que você, Anderson, possa fazer como fez eu mesmo fiz: Quando jovem, por desconhecimento dos fatos ou influência de terceiros, eu não era tão simpatizante de Israel quanto sou hoje. Um dia passei a olhar os fatos desapaixonadamente e veja no que resultou. Sinceramente? Desejo que o mesmo aconteça contigo.
Deve ser muito difícil sair de um local em que você está acostumado e ir para um país com culturas tão diferentes.
Queria entender um pouco mais sobre Bar e Bat Mitzvah. Se surgir a oportunidade, por favor, fale sobre isso.
Olá, Ingrid. Aguarde que oportunamente escreverei sobre isso. Shabat Shalom.
Olá Roberto. Gosto muito do seu blog e já coloquei no meu blog algumas coisas que escreveu. Não se preocupe, eu sempre coloco a fonte e o link.
Tenho um amigo que mora aí perto em Raanana, ele também é brasileiro. Moro em São Paulo, mas sou gaúcho. Participo do blog do Gustavo Chacra do Estadão e temos um grupo de árabes e judeus que mensalmente nos encontramos em um bar para, claro, encher a cara e falar sobre o OM. Minha irmã mora em Haifa e sua familia é da IDF, pilotos de caça. Abraços.
Shalom.
Hallo, das Foto oben von Adolf H. muss aus dem Jahr 1903 sein und nicht 1913.
Danke für die Korrektur. Das ist richtig, macht 1903 mehr Sinn. Nochmals vielen Dank.
na legenda foto da classe de Hitler diz que a foto e de 1913, impossível hitler em 1913 tinha 24 anos (nessa época ela ja morava na Bavaria), essa foto deve ser de 1903 ou até antes.
Tem razão, Jônathas, a foto é da turma 1903/1904. Foi um erro de digitação, uma vez que na fonte da minha pesquisa a data está correta. Equivoquei-me ao digitar. Obrigado pela observação e a informação será corrigida no post.