O SOLDADO MAIS CONDECORADO DA HISTÓRIA DE ISRAEL
O Estado de Israel e os judeus serão eternamente gratos pelo maravilhoso trabalho que este herói prestou à sua nação e ao seu povo.

O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, anunciou na manhã desta segunda-feira que está abandonando a política. Não disputará as eleições para o Knesset no ano que vem nem aceitará cargos nos próximos governos.
Barak agradeceu ao público o apoio que recebeu ao longo da sua carreira e disse que vai permanecer em sua posição de defesa-ministro até que um novo governo seja formado após as eleições.
Se Barak vai ou não sair de cena não sabemos, mas se o fizer, Israel despede-se de mais um dos seus heróis ainda vivos.
Considerado o soldado mais condecorado da história do moderno Estado de Israel, o atual Ministro da Defesa foi Chefe do Estado Maior do Tzahal (o Exército de Israel), foi ainda um dos mais ativos membros do Mossad e o décimo primeiro-ministro de Israel, entre os anos 1999 e 2001.
Quando fazia parte do Mossad, Barak participou da histórica Operação Primavera Juvenil, responsável por invadir o Líbano e liquidar três dos mais destacados terroristas envolvidos no massacre de 11 atletas israelenses durante as Olimpíadas de Munique, em 1972.
Como parte do seleto grupo Sayeret Matkal, Barak fez história ao desembarcar na costa do Líbano, disfarçado de mulher, em meio a um grupo de supostos boêmios libaneses. Na primeira parte da operação, o grupo de agentes israelenses passou sem problemas, e chegaram até mesmo a acenar para os soldados de um blindado libanês que patrulhava a costa e pelo qual cruzaram no caminho. A operação teve um “erro” de 10 minutos em relação ao planejado devido as condições do mar na noite em que ocorreu o assalto.
Após a ação, parte do comando voltou de barco para os navios que estavam a espera ao largo da costa libanesa e os agentes do Mossad que foram responsáveis pela logística terrestre voltaram para Israel por outros meios que nunca foram divulgados.
Para trás deixaram os corpos de três dos mais importantes líderes terroristas na época além de destruídas algumas fábricas e depósitos de armas terroristas em Beirute, Tiro e Sidon. A Operação Primavera Juvenil foi uma das mais bem sucedidas das Forças de Defesa de Israel e suas forças especiais. As baixas israelenses foram: Muhammad Youssef, um veterano da Organização para Libertação da Palestina (OLP), que também era líder da Fatah no Líbano, chefe de inteligência do Fatah e oficial de operações do grupo terrorista Setembro Negro. Na oportunidade, Abu Youssef, como era conhecido, era o terceiro na linha da liderança da Fatah. Sua esposa interpôs-se entre o marido e os agentes de Mossad e foi morta também. A segunda baixa mais significativa foi Kamal Adwan, outro líder veterano da Fatah e um dos mais procurados por atividades terroristas em Israel. Kamal Adwan era o oficial de inteligência do Setembro Negro. O terceiro morto na operação foi Kamal Nasser, porta-voz da OLP e membro do comitê executivo do grupo terrorista.
“Sayeret Matkal”, a unidade da qual fazia parte Ehud Baruk, em hebraico significa “Unidade de Reconhecimento Geral” e é considerada a “Unidade de Elite” das Forças de Defesa de Israel. Recentemente um outro ex-membro da Sayeret Matkal protagonizou um feito histórico importante, ao liderar o motim que veio a derrubar o Boeing 767, da American Airlines, que foi tomado pelos terroristas do 11 de Setembro com com intuito de lança-lo contra a sede do Governo norte-americano, a Casa Branca. A bordo do Voo 11 da AA estava o ex agente israelense Daniel “Danny” M. Lewin responsável pelo início da ação que neutralizou o atentado mais ceifou a vida de todos os passageiros e tripulantes daquele voo. M. Lewin tinha 31 anos e além de ex-agente do Sayeret Matkal era um brilhante cientista informático, co-fundador da Akamai Technologies, Inc., empresa listada no Top 100 da Bolsa de Alta Tecnologia NASDAQ.
Em Janeiro, quando Ehud Barak der adeus à vida pública, espera “dedicar-se aos estudos e aos livros”, segundo declarações dadas na manhã de hoje, concluindo que espera, agora, “desfrutar a vida”. O Estado de Israel e os judeus serão eternamente gratos pelo maravilhoso trabalho que este herói prestou à sua nação e ao seu povo.