UM MÊS DEPOIS, HUMAN RIGHTS WATCH DIZ QUE PALESTINOS COMETERAM CRIME DE GUERRA.
Passados mais de um mês do término da Operação Amud Anan, ou Coluna de Nuvem em hebraico, a Human Rights Watch, a mais popular ONG voltada para questões dos Direitos Humanos, “chegou à conclusão” que Israel foi vítima de crime de guerra perpetrado por árabes auto-denominados palestinos.
A prática de demorar a reconhecer uma verdade óbvia, assim que ela é provada, para admiti-la apenas quando os fatos já não estão no foco das atenções, vem se tornando comum nos conflitos que envolvem o Estado judaico. A tensa relação de Israel com os meios de comunicações e as organizações internacionais é desgastante para a imagem do país e dos seus defensores. No auge dos conflitos, quanto a imprensa veicula notícias parciais e uma massa desinformada de leitores acompanha sem um juízo crítico, Israel é acusado por todos os lados. Quando os comandantes militares israelenses reagem desmentindo os fatos apresentados, não lhes dão o menor crédito, afinal de contas o Estado de Israel já entra “desaprovado” em qualquer questão que envolva litígio contra seus inimigos.
Entretanto, a imprensa e os grupos internacionais, inclusive a Organização das Nações Unidas, sabem bem quem são os vilões da história. Se não denunciam antes, é por puro desprezo pela nação de Israel. Para melhor compreensão desta estratégia, sugiro a leitura de um artigo que escrevi há quase dois anos intitulado Trinta Pesos e Uma Medida.
Nesta segunda feira, 24, a Human Rights Watch (HRW) admitiu que “grupos armados palestinos em Gaza violaram as leis de guerra durante o conflito de Novembro 2012 com o lançamento de centenas de foguetes em direção a centros populacionais de Israel”. A HRW “informou” ainda que “cerca de 1.500 foguetes foram disparados contra Israel entre 14 e 21 de Novembro”. Bem, como foi a HRW e não as FDI (Forças de Defesa de Israel) quem anunciaram, pode ser que agora o mundo passa a crer naquilo que os israelenses vinham falando.
Mais do que admitir o óbvio – afinal de contas os foguetes eram vistos caindo sobre a sul de Israel, Tel Aviv e até mesmo Jerusalém – a HRW, através da sua diretora para o Oriente Médio, Sarah Leah Whitson, disse que representantes dos “grupos armados palestinos deixaram claro em suas declarações que atingir civis era o seu objetivo”. “Simplesmente não há justificativa legal para o lançamento de foguetes contra áreas povoadas”, afirmou Whitson.
O web-site da HRW disse nesta segunda-feira que da perspectiva do Direito Humanitário Internacional, e mesmo das leis da guerra, “alvos civis e estruturas civis não podem ser objeto de ataques deliberados ou de ataques que não discriminam civis de alvos militares”. Sarah Whitson disse que “qualquer pessoa que comete violações graves de forma intencional ou negligente, é responsável por crimes de guerra”.
Durante e após os combates de Novembro, a HRW entrevistou testemunhas, vítimas e parentes de pessoas mortas e feridas por ataques de foguetes em Israel, bem como representantes de duas comunidades atingidas, além de um porta-voz dos serviços de emergência médica. As conclusões foram todas semelhantes as já apresentadas pelas autoridades israelenses.
Em Gaza os resultados não foram diferentes. Em pesquisa entre os pseudo-palestinos, a HRW constatou que os terroristas lançavam foguetes à partir de áreas densamente povoadas, sendo que as “bases de lançamento” estavam localizadas próximas à residências, empresas e até mesmo um hotel, colocando, desnecessariamente, em risco a vida de civis em decorrência das ações que a aviação israelense teria de executar para neutralizar estas bases de lançamento.
A HRW cita ainda os grupos armados palestinos que foram responsáveis pelas violações: Brigada Izz Hamas’el-Din al-Qassam, Jihad Islâmica Saraya Al-Quds e a Brigada de Resistência Popular de Nasser Salahaddin. Ouvidos pela HRW, representantes destes grupos disseram que “os ataques contra alvos civis [israelenses] eram justificados em resposta aos ataques israelenses que mataram civis em Gaza”. Ora, tais mortes aconteceram justamente porque foram os próprios pseudo-palestinos que dispuseram bases de lançamento de foguetes próximas a seus civis, numa prática conhecida como “Escudo Humano”, expressão aliás que não foi mencionada no relatório da HRW.
A certa altura do relatório, e de forma ingênua, a HRW chega a censura as autoridades governantes em Gaza, o Hamas, afirmando que o grupo “está obrigado a defender as leis de guerra e deve punir adequadamente os responsáveis pela graves violações” cometidas contra Israel.
A HRW confirma também algo que há anos vem sendo denunciado pelos militares israelenses, por uma minúscula parcela de jornalistas isentos e por blogues independentes como o Notícias de Sião: Os terroristas do Hamas escondem-se em bunkers – ou mesmo fora da zona de conflito – enquanto expõe a população civil, incluindo mulheres e crianças, aos perigos das guerras por eles provocadas.
Jornalistas internacionais e repórteres árabes, que cobriam o conflito na frente de batalha em Gaza, contaram à HRW que “não viram nenhum militante palestino movendo-se a céu aberto”, o que sugere que o Hamas tenha desenvolvido uma rede de túneis [para o] deslocamento de pessoal e talvez dos foguetes”. Ou seja, confirma-se a veracidade de um cartum clássico, que mostra a diferença de atitude entre os militares israelenses e os terroristas palestinos. O cartum mostra um soldado israelenses colocando-se à frente das suas crianças, para defendê-las, enquanto no lado oposto, um terrorista palestino dispõe crianças à sua frente, a fim de transformá-las em escudo humano.
A HRW conclui dizendo que “sob as leis da guerra, as partes de um conflito armado são obrigados a tomar todas as precauções possíveis para proteger dos efeitos de ataques os civis sob seu controle e não colocar alvos militares em ou perto de áreas densamente povoadas”.
Para ler a íntegra do relatório, em Inglês, clique no link abaixo.
Gaza: Palestinian Rockets Unlawfully Targeted Israeli Civilians