PAÍSES EUROPEUS BOICOTARÃO PETRÓLEO IRANIANO
Não há um dia sequer que a televisão européia não transmita programas que têm como temática a Segunda Guerra Mundial. Há de tudo: Reconstituições, debates, retrospectivas e, principalmente, documentários, muitos documentários.
Recentemente o National Geographic transmitiu uma série intitulada “O Apocalipse da Segunda Guerra”. Ao longo de 7 programas foi feita uma surpreendente reconstrução dos fatos que conduziram o mundo ao seu mais terrível pesadelo.
Dirigido por quatro cineastas – Jean-Louis Guillaud, Henri de Turenne, Isabelle Clark e Daniel Costelle – o minucioso documentário contou com a restauração de filmes originais da época através das mais modernas técnicas de digitação em alta definição. O resultado foi uma surpreendente cobertura que parece saltar do passado para as telas da atuais TVs, como se estivéssemos assistindo ao noticiário de ontem com a tecnologia de hoje, em TVs de LCD, plasma ou LED.
Mostrando a ascensão de Hitler e a indiferença com que a mesma foi recebida nos seus primeiros anos, os europeus dão-se conta como o mal não começa com cara de mau. Sua gênese aparentemente preocupa apenas a alguns pequenos grupos e depois alastra-se envolvendo tudo e todos.
Esta é a razão pela qual a Europa volta agora as atenções para o Irã e seu tresloucado líder, Mahmoud Ahmadinejad. A Europa parece acordar para uma realidade que há muito os judeus – novamente eles – vem gritando ao mundo: Este ser é uma repaginação, mal feita e pior, do líder nazista Adolf Hitler. E a Europa não quer ver a terrível história da Segunda Guerra se repetir no seu quintal.
UNIÃO EUROPEIA DECIDE BOICOTAR O PETRÓLEO IRANIANO
Os países da União Europeia aprovaram formalmente esta segunda-feira um embargo petrolífero gradual ao Irã. O acordo prevê a interdição imediata de novos contratos de petróleo entre o Irã e os países europeus.
Está prevista uma fase de transição para a anulação dos contratos existentes, que tem que estar concluída a 1 de Julho. Estão ainda inscritas sanções contra o banco central iraniano com o objetivo de congelar o programa nuclear iraniano. Os pormenores desta alínea não são ainda conhecidos.
“Foi concluído um acordo de princípio para um embargo petrolífero ao Irã” durante uma reunião de embaixadores dos países da UE em Bruxelas, indicou uma fonte da AFP que pediu para não ser identificada.
Em resposta, um alto funcionário do Governo iraniano disse que Teerã não vai esperar pelo dia 1 de Julho e irá suspender imediatamente todas as vendas de petróleo aos países europeus. “Os preços vão subir e os europeus vão ter problemas”, disse Ali Fallahian à agência noticiosa Fars, citada pela BBC.
“Atualmente, e em virtude do momento que se vive, o Irã pode vender seu petróleo a quem quiser. (…) Com estas sanções o preço vai aumentar e quem ficará em desvantagem é a Europa e os Estados Unidos da América”, disse também à Fars, agora citada pela AFP, Ali Adiani, da comissão parlamentar iraniana para a Energia.
As discussões que levaram ao acordo na UE foram intensas e prolongaram-se até ao último momento, uma vez que a Grécia está muito dependente das remessas de petróleo iraniano.
Espera-se que o deficit de petróleo de origem iraniana seja compensado por outros países da zona do Golfo Pérsico. O Irã vende apenas cerca de 20% do seu petróleo aos países da União Europeia, sendo que o grosso das vendas realiza-se na Ásia.
Enquanto isso, o porta-aviões USS Abraham Lincoln patrulhou ontem sem incidentes o Estreito de Ormuz, apesar das ameaças recentes do Irã.
Sabe-se igualmente que uma embarcação britânica (HMS Argyll) e outra francesa se juntaram a este porta-aviões americano e a um outro – o USS Carl Vinson – numa patrulha pelo Golfo a fim de marcarem uma posição: sublinhar o compromisso inabalável internacional pela manutenção dos direitos de passagem naquele estreito, indicou uma fonte do ministério britânico da Defesa citado pela CNN.
Teerã ameaçou recentemente fechar o Estreito de Ormuz – a única entrada e saída para o Golfo Pérsico – numa altura em que o Irã enfrenta um escrutínio cada vez mais apertado por parte das potências ocidentais em torno do seu programa nuclear.
Fonte: Jornais europeus desta terça-feira, 24.
Acho que o embargo é uma importante atitude da Europa frente ao Irã. As coisas ainda vão ficar mais tensas. Mas o governo do Irã é uma ameaça para o mundo e um terror para a sua própria população. E esse terror deve ser refreado antes de causar muitos males.
E o Brasil? Fico preocupado por termos nos aliado a um governante tão insensato (louco mesmo)… Estamos sendo os últimos cúmplices de uma bomba-relógio, literalmente um homem-bomba.
Esta é a atitude correta. O petróleo do Irã – ou de qualquer outro país – não pode comprar a honra e a consciência de uma Nação. O mal não pode prevalecer por nenhum motivo, sejam eles financeiros, sociais, humanitários ou políticos.