
Aconteceu na manhã desta segunda-feira (30), o sepultamento de Yisrael Natan Rosenfeld, um sargento das Forças de Defesa de Israel que tinha apenas 20 anos. Natan era engenheiro de combate e foi vítima de um dispositivo explosivo improvisado (IED) instalado por terroristas do Hamas no norte da Faixa de Gaza.
O funeral foi realizado no setor militar do Cemitério de Ra’anana e contou com a presença de familiares, amigos, comandantes e colegas de farda.

No discurso fúnebre, seu pai, Avi Rosenfeld, dirigiu-se aos presentes, dizendo: “O povo de Israel é um povo bom. Não é hora de discutir. Não é hora de brigas no Knesset ou nas ruas. Pensem nos nossos soldados, que lutam todos os dias, que dão suas vidas a cada segundo. Estejam unidos, deem a eles respeito e apoio. Precisamos estar juntos, unidos.”
Depois, dirigindo-se a Deus, disse: “SENHOR, falo contigo agora: Quem me conhece sabe das minhas dúvidas, das minhas lutas. Quando você tem avós que foram para câmaras de gás e pais que sofreram grandes feridas e dores após a Segunda Guerra Mundial, após perdermos seis milhões de pessoas, é difícil dizer: ‘Sim, há um Deus, eu acredito e estou convencido’ [de que há um Deus]. Mas, estou aqui, SENHOR, e neste momento eu preciso tomar uma decisão, e minha decisão é esta: SENHOR, tu estás acima de nós, tudo isso [que tem acontecido] tem um propósito, um propósito muito maior do que aquele conhecemos. Nós sofremos no Holocausto, no 7 de outubro; as famílias dos soldados que morreram sofrem; as famílias dos reféns, mortos ou cativos, sofrem; o sofrimento é inimaginável, SENHOR, já basta! O povo de Israel é bom, SENHOR, salve-nos, pois só Tu podes fazer isso!”
Voltando-se novamente para os presente, o pai enlutado continuou: “Para nós, o nosso menino ainda está conosco. Todos os dias, ele estará conosco; estará conosco até os nossos últimos dias. Ele enchia a nossa casa com seu espírito, com seu sorriso, sua beleza. Natan, meu filho lindo, é tão difícil estar aqui, mas estou tão orgulhoso de você. Você é um herói, como todos os outros soldados são heróis. O povo de Israel precisa saber que devemos estar juntos e sempre apoiarmos os nossos soldados. Eu te amo, filho, e por você faremos tudo o que pudermos em sua memória. Você não será esquecido. Seu sacrifício, e o de seus irmãos e irmãs que morreram em combate, e o sofrimento de suas famílias, não foi em vão. Foi pelo povo de Israel!”
Depois, voltando-se para os presente, Avi concluiu: “Não desistiremos até que Israel seja um lugar seguro para todos os nossos filhos.”

Após as palavras do pai, foi a vez da mãe de Natan, Samantha Rosenfeld, dizer algumas palavras: “Ainda não consigo acreditar que estou aqui, no seu funeral”, começou a mãe, discorrendo depois por lembranças do quotidiano do filho em casa, e num momento especialmente da cerimônia leu uma parte do discurso que ela mesmo havia feito no dia do Bar Mitzvah do filho. E concluiu, dizendo: “Natan, esperamos que você seja o último sacrifício que alguém tenha que pagar pelo preço da nossa terra e da nossa liberdade. Não há religioso, secular ou haredi no exército, somos todos um só povo, com um só coração. Precisamos nos unir e deixar de lado nossas diferenças. Você não terá morrido em vão.”

Por fim, falando por si e pelos companheiros de farda, foi a vez de discursar o comandante do batalhão onde Natan servia, o coronel Avshalom Dadon. De frente para o caixão, ele prometeu: “Nosso objetivo nesta guerra é trazer de volta os reféns, vivos ou para sepultamento, e derrotar essa organização assassina. Natan, um estranho não entenderia, mas você e seus amigos eram a minha luz. Você imigrou do Reino Unido, e se alistou, sendo sempre o primeiro a se voluntariar para qualquer tarefa. Apesar das dificuldades, você sempre mostrou ter um espírito forte. Natan, o que mais me chamava a atenção em você é que você era um amigo entre amigos, uma qualidade tão rara e que não se aprende, uma qualidade que você trouxe de casa. Perdemos um homem, perdemos um guerreiro, perdemos um líder.”

Rosenfeld imigrou para Israel do Reino Unido há 11 anos e estudou na Escola Meitarim em Ra’anana. A administração da escola afirmou que ele era “aquele que sempre sorria e sempre tinha um bom coração”.
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