Mansour Abbas, líder do Ra’am, discursa diante de uma bandeira islâmica.
Os israelenses seguiram a hashtag #VamosVacinar, mas na hora de votar preferiram a #FiqueEmCasa. E isso pode resultar num gosto amargo para o único país democrata do Oriente Médio.
A situação teria sido pior se os árabes tivessem comparecido em massa, mas graças a Deus eles também aderiram ao #FiqueEmCasa. Mesmo assim, a altíssima abstenção acabou por permitir, pela primeira vez, que o partido islâmico Ra’am (Lista Árabe Unida) conseguisse 5 cadeiras no Knesset.
Juntamente com a Lista Conjunta, um partido de árabes e israelenses, o Ra’am pode se tornar uma pedra no caminho do Netanyahu. É bom lembrar que mesmo que o partido do primeiro-ministro, o Likud, tenha sido o grande vencedor, com 30 assentos conquistados até agora (o segundo, Yesh Atid tem apenas 17), Netanyahu precisará dialogar muito para “compor governo”, pois a Esquerda do Partido Trabalhista e a Extrema Esquerda do Meretz conquistaram mais 12 cadeiras.
Ainda é uma incógnita o que o Ra’am fará com este “capital” político, mas surpreendentemente, Mansour Abbas, presidente do partido, está “arrastando as asas” para os lados do Netanyahu. E diz que “não quer nada em troca”. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
Resultado de momento: Likud, 30 cadeiras; Yesh Atid, 18; Shas, 9; Azul e Branco, 8; Judaísmo da Torá Unida, Yamina e Partido Trabalhista, 7; Nova Esperança, Yisrael Beytenu e Partido Religioso Sionista, 6; Meretz e Ra’am (Lista Árabe Unida), 5.
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